Enzimas funcionais e proteínas texturizantes enriquecem o mouthfeel e o sabor
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O mouthfeel, a sensação que os alimentos e bebidas proporcionam na boca, é um dos fatores mais importantes na percepção da qualidade de um produto. Para aprimorar esses aspectos, a ciência de alimentos tem recorrido a duas classes de ingredientes: enzimas funcionais e proteínas texturizantes.
As enzimas funcionais são proteínas naturais que desempenham papel vital no processamento de alimentos; aceleram reações químicas específicas, desdobrando compostos complexos em componentes mais simples.
Além disso, as enzimas também podem ser usadas para converter açúcares em sabores mais complexos, melhorando a doçura percebida e o perfil de sabor geral. O xarope de glucose-amilase é um exemplo clássico dessa aplicação em produtos como sorvetese confeitos.
Já as proteínas texturizantes são ingredientes-chave para a manipulação da textura em alimentos e bebidas. Podem ser de origem animal, vegetal ou microbiana e possuem propriedades únicas que as tornam fundamentais para criar o mouthfeel desejado.
Proteínas como a gelatina são amplamente usadas para conferir textura suave e gelatinosa a sobremesas e produtos à base de carne. No entanto, com a crescente busca por alternativas vegetarianas e veganas, proteínas de origem vegetal, como a proteína de ervilha, estão ganhando destaque, podendo ser usadas para criar texturas cremosas em produtos lácteos alternativos, bem como dar corpo a produtos vegetais.
As proteínas texturizantes também podem ser usadas para estabilizar emulsões, melhorar a retenção de água e, assim, manter a suculência dos produtos cárneos. Esses atributos são essenciais para garantir que os alimentos processados mantenham a qualidade e o sabor desejados.
Ambos os ingredientes permitem aos fabricantes criar produtos com texturas suaves, cremosas, crocantes e saborosas, atendendo as expectativas dos consumidores que buscam cada vez mais experiências saborosas e diferenciadas.