Os adaptógenos têm recebido crescente atenção na indústria de alimentos e bebidas devido as suas propriedades funcionais e benefícios para a saúde.

Essas substâncias naturais, derivadas principalmente de plantas, fungos e algas, demonstraram capacidade de ajudar o organismo a se adaptar e resistir aos efeitos do estresse físico, mental e ambiental. Atuam principalmente através da regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), modulando a resposta do organismo ao estresse e promovendo o equilíbrio homeostático.

Na formulação de alimentos e bebidas, os adaptógenos oferecem uma variedade de aplicações interessantes. Podem, por exemplo, ser adicionados a bebidas funcionais, como chás, sucos, águas aromatizadas e bebidas energéticas, para proporcionar benefícios de resistência ao estresse e aumento da energia. Além disso, podem ser incorporados a barras de cereais, snacks saudáveis, iogurtes, e até mesmo em produtos de panificação, conferindo propriedades adaptogênicas e promovendo a saúde geral.

Um dos principais desafios na formulação de alimentos com adaptógenos é garantir a estabilidade e a biodisponibilidade desses compostos, visto que muitos deles são sensíveis ao calor, luz e oxidação. Portanto, é fundamental selecionar cuidadosamente os ingredientes e utilizar técnicas de processamento que preservem a sua integridade, como a microencapsulação e a liofilização.

Além disso, é importante considerar as características sensoriais dos adaptógenos, como sabor, aroma e cor, e sua interação com outros ingredientes na formulação. A dosagem adequada também é importante para garantir a eficácia e a segurança do produto final, evitando efeitos colaterais indesejados.

Entre os adaptógenos mais estudados e utilizados na indústria de alimentos estão o ginseng, a ashwagandha, o rhodiola, o ginkgo biloba, a bacopa e a maca peruana, entre outros.