O setor de alimentos e bebidas tem visto um crescente interesse e adoção de corantes naturais, impulsionado pela demanda crescente dos consumidores por produtos mais saudáveis e sustentáveis. As tendências atuais indicam uma evolução significativa nas aplicações e na inovação desses corantes, refletindo um avanço tanto na pesquisa quanto na tecnologia.
Uma das principais tendências é a diversificação dos corantes naturais, que agora abrangem uma gama mais ampla de fontes botânicas e algas. Corantes extraídos de plantas como beterraba, curcumina e antocianinas, além de algas como a spiruina, estão sendo usados para oferecer uma variedade de cores vibrantes e estáveis, atendendo não apenas o aspecto visual, mas também adicionando valor funcional, como propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Recentemente, a biotecnologia e a engenharia genética têm promovido avanços significativos na produção de corantes naturais. Microrganismos como leveduras e bactérias estão sendo geneticamente modificados para produzir corantes de maneira mais eficiente e com características específicas, oferecendo uma alternativa sustentável e econômica à extração tradicional.
Os corantes derivados de organismos marinhos, como algas, também estão ganhando destaque. Corantes como o azul obtido da microalga Spirulina e o verde derivado da Chlorella oferecem cores vibrantes e estáveis, além de propriedades nutricionais adicionais.
A nanotecnologia está sendo utilizada para melhorar a estabilidade e a eficácia dos corantes naturais. Técnicas como a nanoencapsulação ajudam a proteger os corantes da degradação e a melhorar sua solubilidade em diferentes formulações alimentícias, ampliando as possibilidades de aplicação.
A combinação de diferentes fontes de corantes naturais para criar novas cores e efeitos visuais também tem se tornado uma prática inovadora. Essa abordagem permite aos fabricantes obter uma ampla gama de tonalidades e melhorar a estabilidade das cores em produtos alimentícios.
Além das suas tradicionais aplicações, como sucos, refrigerantes, bebidas energéticas, sorvetes, iogurtes, balas e snacks, sua integração também está sendo ampliada para atender a categorias de produtos mais desafiadoras, como alimentos processados e bebidas de alta acidez. A adaptabilidade desses corantes às condições variáveis de pH e à presença de outros ingredientes tem sido um fator-chave para sua aceitação em produtos mais complexos.