A tendência crescente em direção a produtos naturais nos últimos anos impulsionou a ampla adoção de
corantes naturais em diversas categorias de produtos. Essa preferência não apenas reflete a demanda global por produtos naturais, mas também destaca as propriedades funcionais atribuídas a alguns desses pigmentos.
Os corantes naturais mais comuns na indústria alimentícia incluem extratos de urucum, carmim de cochonilha, curcumina, betalaína, antocianinas e carotenoides. O urucum, por exemplo, é amplamente utilizado, representando aproximadamente 70% de todos os corantes naturais empregados na indústria alimentícia. Os pigmentos são extraídos das sementes e incluem a cis-bixina, norbixina e produtos de degradação térmica.
Outro corante amplamente consumido é o carmin, extraído do inseto cochonilha. Sua versatilidade, estabilidade e aplicação em uma variedade de produtos, desde molhos até alimentos doces, contribui para a sua popularidade. A curcumina, proveniente da cúrcuma, é reconhecida não apenas como corante, mas também por suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas.
As betalaínas, encontradas principalmente na beterraba, são pigmentos exclusivos de plantas, oferecendo coloração vermelha e amarela. Na indústria alimentícia, são aplicadas em produtos lácteos, sorvetes, balas e snacks. As antocianinas, responsáveis por uma ampla gama de cores de vermelho a azul, são encontradas em diversas frutas, legumes e hortaliças. Sua aplicação inclui doces, geleias, laticínios e bebidas.
Os carotenoides, presentes em mais de 400 formas na natureza, são responsáveis pelas cores laranja, amarela e vermelha. Além de colorir alimentos, enriquecem nutricionalmente os produtos. Astaxantina, cantaxantina, betacaroteno, bixina, norbixina e licopeno são alguns dos carotenoides utilizados na indústria de alimentos, provenientes de fontes naturais como urucum, açafrão, páprica e tomate.
Esses corantes naturais oferecem uma alternativa atrativa e funcional, alinhando-se à busca do consumidor por produtos mais naturais e saudáveis.
