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Oterra destaca as infinitas possibilidades do azul na alimentação

O mercado alimentício é um dos setores que mais acompanham as tendências de cores, aspecto fundamental para despertar a atenção dos consumidores. Embora a legislação traga algumas restrições ao setor, ainda existem infinitas possibilidades a serem exploradas pela indústria. Na categoria de pães, por exemplo, são permitidas diferentes tonalidades de amarelo, vermelho, azul e verde com utilização de aditivos para cor. Contudo, é possível explorar os extratos vegetais, pois são considerados como ingredientes na composição, saindo automaticamente da classificação de aditivos. Essa estratégia, por si só, já permite acesso a um imenso horizonte de cores e oportunidades.

Segundo Stella Munhoz, Marketing Manager da Oterra para a América Latina, a cor azul, embora natural na natureza, não é imediatamente associada ao setor alimentício. No entanto, essa cor representa inovação e surpresa, abrindo caminho para novas experiências sensoriais. Além de ser obtida de fontes naturais, está associada a calma, relaxamento, segurança e limpeza.

Uma pesquisa realizada pela Oterra, em 2022, com 1,2 mil pessoas no Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru e Costa Rica, analisou o impacto da cor azul sobre culturas e diferentes regiões. Quando consumidores foram questionados sobre a sensação ao ver e degustar uma bebida azul, a resposta variou entre sensações de relaxamento, refrescância e energia. Por outro lado, a pergunta em relação a aspectos emocionais teve respostas que iam da calma ao poder e força. A maior diferença apareceu ao indagar sobre o sabor. Os Argentinos responderam que o azul remete a sabores ácidos. Já os Colombianos e Mexicanos aos sabores doces. Por sua vez, peruanos e Costarriquenhos eram remetidos aos sabores tropicais. No caso dos Brasileiros, as respostas não mostraram associação à cor, pois não há referências constituídas em bebidas dessa cor.

Stella destaca que no mercado brasileiro, embora presente em isotônicos, energéticos e alimentos como doces e sorvetes, ainda há espaço para mais inovação, especialmente em produtos icônicos e distintos. “O mercado pode ser mais inovador e dispor de mais opções, desde ‘salgadinhos’, iogurtes e bebidas diversas. O ponto positivo é que o azul é uma cor orgânica e pode ser gerada a partir de fontes naturais para a produção de alimentos e bebidas em diversas tonalidades. A matéria-prima natural mais conhecida é a espirulina, uma alga verde que permite a obtenção de um extrato azul”, afirmou.

Stella revelou que recentemente foi aprovada uma nova matéria-prima chamada huito, também conhecida no Brasil como jenipapo, que oferece uma bela e intensa cor azul. “O corante natural foi aprovado nas categorias geleia, preparo de frutas, suplemento alimentar e bebidas de soja. É um começo que pode abrir os olhos da indústria inovando com diferentes tons de azul nessas categorias. Além disso, o huito não é exclusivo para dispor a cor azul, pois, combinado com outras cores naturais, também possibilita opções de violeta e verde”, explicou.

De acordo com Stella, do ponto de vista da inovação é importante pensar que a cor não pode, necessariamente, estar associada a um sabor como normalmente é; a cor pode estar associada a uma emoção, sensação ou sentimento. Também é possível conexão com momentos de consumo ou marcar edições especiais e temas específicos para produtos. “Que tal um suco considerado calmante, um sorvete que refresca a mente ou, até mesmo, um iogurte para começar o dia com foco e força? E por que não um suplemento alimentar com sabor de proteína saudável ou uma geleia chamada Cloud & Blue Sky? Já pensou em tomar uma bebida com leite de soja no dia da Terra com o nome “Oceano Profundo”? Seria incrível! Muitos produtos podem ser desenvolvidos em torno do azul, mas para isso a indústria precisa se movimentar”, finalizou.




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