Atualmente, há uma grande diversidade de produtos lácteos fermentados espalhados pelo mundo, os quais são tradicionalmente fabricados e consumidos em regiões específicas, cada um deles envolvendo um processo de fabricação peculiar a cada país.
O jocoque é um deles. Trata-se de um lácteo fermentado, cuja matéria-prima é o leite de vaca, de ovelha ou, ocasionalmente, de cabra. Apresenta consistência entre o iogurte e o queijo fresco, às vezes com textura pastosa, podendo ser temperado com especiarias variadas, como tomilho, hortelã e orégano, entre outras.
Muito apreciado na culinária mexicana, o jocoque apresenta coloração branca, gosto geralmente ácido e salgado, aspecto cremoso e com características de gel, as quais estão relacionadas à formação de agregados de partículas coloidais proteicas em pH ácido, obtido via fermentação. Seu sabor característico pode ser atribuído à presença de várias funções químicas em sua estrutura, como os ésteres, álcoois e ácidos, principalmente o ácido láctico, além do sal e condimentos que podem ser adicionados em função da tecnologia de fabricação.
Assim como outros leites fermentados, o jocoque é considerado um produto com potencial efeito benéfico para a saúde, destacando-se o alívio de sintomas de doenças inflamatórias, síndrome do cólon irritável, colite e redução do risco de câncer de cólon, fígado e mama.
Diante dos benefícios à saúde, relativa simplicidade do processo de fabricação e potencial de aplicação na culinária gourmet, o jocoque pode ser um produto promissor para a indústria láctea brasileira e vir a tornar-se um alimento cotidiano, assim como já ocorre com os cremes de ricota e requeijões adicionados de ervas finas e outros ingredientes aromáticos.