Page 33 - Aditivos | Ingredientes - Ed.173
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O gosto amargo da cafeína é par- te integrante do sabor complexo e do perfil geral de alguns refrigeran- tes. Por mais de 100 anos, em alguns casos, as fórmulas dessas bebidas têm sido uma mistura cuidadosa- mente equilibrada de ingredientes, incluindo adoçantes, carbonatação, cafeína e outros aromatizantes, para produzir o sabor refrescante que os consumidores apreciam. A quantidade de cafeína na maioria dos refrigerantes que a con- têm é relativamente pequena, cerca de 30mg de cafeína por porção de 240ml, ou menos de um terço da quantidade presente em uma xícara de 240ml de café comum. Em contraste aos refrigerantes, as bebidas energéticas possuem, no mínimo, 80 miligramas de cafeína por porção. A cafeína nessas bebi- das é proveniente dos ingredientes usados ou de algum aditivo derivado do produto da descafeinação ou da síntese química. O guaraná, princi- pal ingrediente das bebidas energé- ticas, contém grandes quantidades de cafeína com pequenas quantida- des de teobromina e teofilina em um excipiente de liberação lenta que ocorre naturalmente. Além de água, a maioria dos produtos comercializados como bebidas energéticas contém carboidratos e cafeína como seus principais ingre- dientes; o carboidrato tem a função de prover o nutriente energético e a cafeína de estimular o sistema nervoso central. Outra fonte de cafeína é o chocolate quente, que contém cerca de 5mg de cafeína por xícara de chá. De forma geral, as bebidas achocolatadas, sejam quentes ou frias, contêm teores de cafeína se- melhantes, uma vez que o chocolate é uma fonte natural de cafeína. Além da forma líquida, barras de chocolate, sobremesas, barras de cereais e outros petiscos que con- tenham chocolate também são fon- tes adicionais de cafeína. No choco- late ao leite, o teor de cafeína é de 5mg por 30g e, no chocolate amargo é de cerca de 15mg por 30g; algumas barras de chocolate possuem cafeína adicionada além da concentração presente naturalmente. Além do chocolate, gomas de mascar e doces também possuem concentrações de cafeína. De forma geral, é difícil quanti- ficar o consumo normal de cafeína recomendado, ou uma dose padrão, uma vez que a cafeína está presente em vários bens de consumo em níveis amplamente diferentes. CONSUMO E METABOLISMO As bebidas com cafeína são consumidas com frequência por diferentes segmentos da sociedade, incluindo crianças, adolescentes e adultos de ambos os sexos; entre- tanto, dentro desses segmentos, a ingestão diária de cafeína varia, assim como os tipos de produtos cafeinados consumidos. Grande parte da variação se deve a taxa de consumo de café e chá. Em alguns países, como Estados Unidos, Canadá, Finlândia, Dina- marca, Suíça, Brasil e Argentina, o consumo de café é prevalente e responsável pela maior parte do consumo diário de cafeína entre os adultos. Já em outros, como o Reino Unido e a China, o chá é bebida pre- valente, assim como os refrigerantes são a bebida preferida nos Estados Unidos, o maior consumidor per capita de refrigerantes, responden- do por mais de 20% do total global, seguido por México e Chile. CONSUMO MÉDIO DIÁRIO DE CAFEÍNA CAFEÍNA PAÍS CONSUMO ADULTOS (MG/DIA) China 16 Estados Unidos 168 Reino Unido 202 Canadá 210 Austrália 232 Suíça 288 Finlândia 329 Dinamarca 390 Brasil 300 33 ADITIVOS | INGREDIENTES