Page 10 - Aditivos | Ingredientes - Ed.169
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   ENTREVISTA Quanto custa uma folha impressa? E milhares? Você sabia que o paradigma impressora laser/jato de tinta tem que levar em conta o volume impresso por operação? Qual o custo de uso de ener- gia da área administrativa versus a área produtiva? Quanto custa efetivamente a hora extra de uma pessoa, se tenho que manter o andar inteiro iluminado e com ar condicionado? O novo servidor ou solução de tecnologia irá agregar um custo de quantos reais por minuto em uso de energia? Qual a eficiência do meu transformador de 20 ou 30 anos? Vale a pena trocá-lo? Ar comprimido, quanto é desperdiçado? Vale a pena sanar ou conviver com o desperdício? Qual a máquina mais adequada para cada volume de produção? A eficiência prometida pelo fabricante para o novo equipamento é real? Justifica o investi- mento da troca? As questões acima tem variáveis dinâmicas e devem ser reavaliadas periodicamente. Quais os pontos críticos de perda de energia na indústria de alimentos e bebidas? Como eliminá-los ou torná- los menos onerosos? Sem dúvida, o primeiro e principal ponto a ser atacado é o desperdício. É um inimigo invisível. As ações de eliminação de desper- dício são as de MAIOR RESULTADO FINANCEIRO, pois muitas vezes são resolvidas com mudanças de procedi- mentos e implementação de rotinas de auditoria e monitoramento do uso de energia. Ou seja, temos maxi resultados com mínimo investimento. Contudo, é indispensável um efetivo monitoramen- to do uso de energia. Prontamente, temos que seguir o diagnóstico que foi realizado, atacando um a um os pontos de maior oportu- nidade para cada empresa e isso varia de negócio para negócio. Por isso o diagnóstico é importante. Como é feito o diagnóstico dos pontos críticos de perda de energia? Quais os métodos utilizados? Este talvez seja o maior ponto de viabilidade da moderna eficiência energé- tica. Tradicionalmente, este diagnóstico era estático, realizado manualmente e com o “consumo de etiqueta” dos equipamentos e sistemas. Era o possível no passado. Porém resultava em uma estimativa que por natureza era cercada de margens de segurança e erro. Graças a viabilização econômica de modernos sistemas de monitoramento em tempo real, isso faz parte do passado, transformando o que era subjetivo em algo objetivo e claro. A drástica redução de custo e a oferta de soluções na mo- dalidade “Product as Service” viabilizou o real monitoramento e diagnósticos até para pequenos negócios, como uma padaria, que usa a mesma solução de uma gigantesca indústria. Com estas ferramentas é possível iden- tificar o REAL regime de uso de energia, com o real consumo dos equipamentos e ficam imediatamente claras as imediatas oportunidades de eliminação de desper- dícios. Existem casos reais onde 40% do consumo de energia de um negócio ocorria a noite, sem nenhuma produção, pelo mero abandono de equipamentos e sistemas ligados sem necessidade. Uma iluminação esquecida acessa se evidencia por si, outros consumos indevidos não são tão fáceis de serem detectados. Além do diagnóstico, é possível observar em tempo real e de forma ime- diata os resultados de cada ação tomada. O registro destes dados, analisados em conjunto com o regime de produção, permite determinar e demonstrar com clareza o potencial e os resultados finan- ceiros de cada medida tomada. Além do que, o mero conhecimen- to da existência de um sistema capaz de monitorar o uso de energia leva as equipes a um maior zelo em relação aos procedimentos de eficiência determi- nados e implantados, garantindo assim seu sucesso. Mais importante do que indicar quais investimentos fazer, é indicar quais NÃO fazer, pois não resultarão na economia desejada e podem frustrar e comprome- ter todo o projeto. Medir, diagnosticar, implementar, acompanhar e auditar, assim se fecha o ciclo da eficiência. Quais os focos básicos para se trabalhar a eficiência energética no setor de alimentos e bebidas? O foco básico é a redução de custos e despesas de produção, com melhoria da qualidade. O aumento da rentabili- dade de um produto com a redução de seus custos de produção é objetivo. Isso pode ser obtido com o planejamento e ordenamento das ações de eficiência, acompanhado de indicadores reais e auditáveis para cada meta. Não invista em algo que você não possa medir e acompanhar. Sem estas ferramentas, não é investimento e sim aposta. Quais são os principais desafios desse mercado com relação a eficiência energética? Buscar o melhor planejamento, en- tendendo que não existe nem soluções, nem “caixas” mágicas. O resultado efetivo vem de um ótimo planejamento e mensuração de resultado. Buscar informações e apoio focado na eficiência e não na venda/compra de um produto. É natural que cada fornecedor defenda seu produto, porém, isso não significa que seja a melhor solução para o seu problema.   “O diagnóstico dos pontos críticos de perda de energia, talvez, seja o maior ponto de viabilidade da moderna eficiência energética”.     10 ADITIVOS | INGREDIENTES 


































































































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