Page 29 - Aditivos & Ingredientes Ed. 113
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nascidos no mundo, e que aparece na infância, sendo caracterizado por sin- tomas nervosos, retardamento mental e lesões da pele, quando não tratado.A quantidade máxima de aspartame que um adulto com 60 kg pode inge- rir diariamente, com segurança, é de 2.400mg, o que equivale, aproximada- mente, ao consumo de 48 envelopes de 1g de um adoçante dietético com 5% de aspartame, ou a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com aspartame.A FDA estabeleceu para o aspartame a IDA de 50mg/kg de peso corpóreo, uma IDA dificilmente alcançada, pois as ingestões médias levantadas são: para pessoas de faixas etárias variadas (2,3mg/kg), para diabéticos (3,3mg/kg) e para gestantes (2,7mg/kg). O JECFA estabeleceu para o aspartame IDA de 40mg/kg (corresponde a 5 vezes o consumo diário médio de sacarose de uma pessoa de 60kg).A SACARINAA sacarina possui capacidade de adoçar 500 vezes mais do que a sacarose, porém deixa sabor residual na boca. É bastante utilizada em alimentos, cosmé- ticos e medicamentos.Descoberta em 1879, a sacarina é o mais antigo edulcorante intenso. Seu intenso sabor doce (pode ser de 200 até 700 vezes mais doce do que a sacarose, mas o valor mais usado está em cerca de 300/500 vezes) lhe deu seu nome (sacarose - sacarina), embora sua estrutura seja totalmente diferente da sacarose. Apresenta a vantagem de não necessitar de grandes quantidades e, consequentemente, não tem o mesmo aporte calórico que o açúcar, e de não contribuir para a formação de cáries. Em altas concentrações deixa saborresidual amargo, e não é metabolizada pelo organismo. É normalmente usada na forma de sais sódicos ou cálcicos e é de fácil solubilidade, sendo estável em altas temperaturas. Em 1986, foi comprovada sua segurança para a saúde através de diversos trabalhos técnico científicos.O perfil de doçura da sacarina é diferente do da sacarose, pois produz um impacto edulcorante bastante lento, que vai crescendo gradativamente até atingir intensidade máxima e persis- tente. Gostos amargos ou metálicos e adstringentes estão associados ao dulçor da sacarina e tendem a intensifi- car-se com o aumento da concentração. Nos países onde é permitido o uso de ciclamato, a associação da sacarina e ciclamato mascara o sabor residual da sacarina, ao mesmo tempo em que eleva o poder adoçante do ciclamato, sendo a proporção 1:10 a mais adequada. A associação com pequenas quantidades de aspartame também tem apresentado bons resultados por melhorar o sabor e a estabilidade da mistura.Devido a estabilidade térmica (inalte- rável após uma hora em 150°C) e em meio altamente ácido (pH 2,0 a 8,0), a sacarina pode ser utilizada em produtos assados, temperos para saladas, geleias, gelatinas, bebidas carbonatadas, preparados para refrescos, enlatados e outros produtos.A versatilidade da sacarina permite seu emprego em muitos alimentos, me- dicamentos e cosméticos, em função da sua alta estabilidade ao armazenamento e aquecimento, por se combinar bem com outros edulcorantes e por se incor- porar facilmente à misturas líquidas ou secas. Em produtos não alimentícios, é utilizado em pasta de dentes e outros produtos de higiene oral e pessoal.A legislação brasileira, no Decreto no 55.871, de 26/03/1965, permite o uso de sacarina como edulcorante em produtos dietéticos, no limite máximo de 0,05%. A Resolução no 7, da CTM, de 21/12/1978, manteve a autorização para o uso da sacarina, fixando o limite de 3,5g para quantidade a ser ingerida em 24 horas. A Resolução no 4, do CNS, de 24/11/1988, inclui na tabela do de- creto no 55.871, a classe edulcorantes, fixando o limite máximo de sacarina em 30mg/100g de alimento dietético e 30mg/100mL de bebida dietética.A Resolução Mercosur/MGC/RES no 19/93, que aprovou a lista geral harmo- nizada de aditivos para o Mercosul, autorizou o emprego da sacarina e seus sais de sódio, potássio e cálcio.A sacarina é aprovada em mais de 90 países e admitida como segura por vários comitês internacionais de espe- cialistas. Apresenta IDA correspondente a 5mg/kg de peso corpóreo.O CICLAMATOO ciclamato é bastante utilizado em alimentos, mas é proibido em alguns países por provocar efeitos canceríge- nos, mutantes em células e alérgicos. Adoça 50 vezes mais do que a sacarose.O ciclamato de sódio, dependendo da formulação, é de 30 a 50 vezes mais doce do que a sacarose; por exemplo, é 40 vezes mais doce do que uma solução de sacarose a 2%, mas somente 24 vezes mais doce do que uma solução de sacarose a 20%. O ciclamato de cálcio é um pouco menos doce do que o ciclamato de sódio.O ciclamato é um edulcorante artificial largamente usado no setor ali- mentício, sendo aplicado em adoçantes de mesa, bebidas dietéticas, geleias, sorvetes, gelatinas, etc. Foi liberado nos Estados Unidos da suspeita de ser can- cerígeno. Não é calórico e possui sabor agradável e semelhante ao açúcar refina- do, apresentando um leve gosto residual.O ciclamato é seguro, não é tóxico e tem zero de calorias. Também pode ser usado para produtos farmacêuticos e cosméticos, tais como xaropes, tabletes, substitutos do açúcar, pastas de dentes, antissépticos bucais e batons. É um ex- celente substituto para o açúcar de baixa caloria e é também bem adequado para diabéticos que não podem ingerir açúcar.A legislação brasileira, no Decreto no 55.871, de 26/03/1965, aprovou o uso do ciclamato de sódio ou de cálcio em produtos dietéticos, estabelecendo o limite máximo de 0,05% como edul- corante. A Resolução no 4, do CNS, de 24/11/1988, determinou que os níveis máximos permitidos para o ciclamato fossem de 130mg/100g em alimentos dietéticos e de 130mg/100mL para bebidas dietéticas.A Resolução Mercosur/MGC/RES no 19/93, que aprovou a lista geral harmo-ADOÇANTES29ADITIVOS & INGREDIENTES

