A JBS divulgou nesta quarta, 29, um comunicado ao mercado informando que, entre março e junho, investiu mais de R$ 100 milhões em “medidas, sistemas e processos de contingência em saúde e segurança para todas as suas unidades do Brasil” como forma de prevenção à covid-19. O comunicado é assinado pelo diretor de Relações com Investidores da JBS, Guilherme Perboyre Cavalcanti.
Segundo a companhia do setor de proteína animal, para definir um protocolo de prevenção à doença e proteger seus “mais de 130 mil colaboradores”, a JBS contratou a consultoria médica de infectologistas e instituições de referência, “que validaram cada etapa do protocolo de acordo com as recomendações médicas e de saúde e as determinações da Portaria Interministerial nº 19 (Ministérios da Saúde, Agricultura e Economia), de 18 de junho de 2020”.
Além disso, a empresa informou que nesse período tem feito “auditorias periódicas” em suas 135 unidades produtivas, “verificando item a item de cada ação” ligada ao protocolo de segurança contra o coronavírus, além de monitorar diariamente 100% dos colaboradores desde o início da sua jornada até o retorno à sua casa.
“Adicionalmente a JBS contratou nesses três meses mais de 10 mil profissionais em todo o País para reposição das posições dos colaboradores preventivamente afastados e mantidos em casa por fazerem parte do grupo de risco”, diz. “Também fazem parte desse grupo os colaboradores em condições de maior vulnerabilidade, incluindo indígenas, e os que tenham indicação médica.”
A companhia informou que, no caso de colaboradores que tenham diagnóstico positivo para covid-19, eles são “prontamente afastados”, até o seu restabelecimento. “A equipe de saúde da empresa presta atendimento integral a todos e também realiza a busca ativa entre os colaboradores, contactantes e familiares”, diz a JBS no comunicado.
Segundo o dr. Adauto Castelo, citado pela JBS no comunicado, “os procedimentos e cuidados adotados pela JBS nas suas plantas são capazes de oferecer a máxima proteção aos seus colaboradores e podem ser comparados aos aplicados em instituições de referência na área hospitalar”.
Entre as medidas citadas no comunicado estão ampliação da frota de ônibus em 49% a fim de tornar aplicáveis as regras de distanciamento social; novos equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscara face shield, máscaras descartáveis e de tecido (itens obrigatórios na companhia); detergentes e sanitizantes (com aquisição de 150 mil litros de álcool em gel para uso dos colaboradores); vacinação gratuita para gripe H1N1 para todos os colaboradores e contratação de profissionais de saúde, com mais de 630 profissionais, número 40% superior ao verificado antes do início da pandemia.
A JBS informou também que modificou estruturas e áreas internas das unidades produtivas, com criação de refeitórios de campanha para garantir o distanciamento entre os funcionários; ambulatórios adicionais nas áreas externas e anexos às plantas e ampliação das áreas de descanso cobertas.
“A comunicação sobre os protocolos de segurança e saúde adotados nas unidades e informações gerais sobre a covid-19 para os colaboradores também foram intensificadas”, relatou a companhia. “Em cada planta, nos diversos pontos de passagem e de permanência, estão instalados materiais de comunicação sobre as medidas e atitudes necessárias à prevenção da doença no trabalho e esclarecimentos sobre proteção e cuidados em família, em casa e nos momentos de descanso”, informou.
O comunicado cita, ainda, que a empresa doou R$ 400 milhões para o enfrentamento da covid-19 no Brasil, “valores que estão sendo dedicados a três frentes: saúde, social e ciência”.
Com tais medidas, a empresa se diz “confiante” de que serão eficazes para proteger da covid-19 os colaboradores nas suas unidades e “garantir o abastecimento e a oferta de produtos da mais alta qualidade a seus clientes e consumidores no País e no mundo”.