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Idosos e os nutrientes essenciais na prevenção do coronavírus

Os idosos, principalmente os que apresentam condições médicas graves, como doença cardíaca ou pulmonar e diabetes, parecem estar em maior risco de desenvolver complicações mais graves da COVID-19. Nos Estados Unidos, 8 em cada 10 mortes relacionadas a esta doença ocorreram em adultos com 65 anos ou mais.

Manter uma nutrição adequada é essencial para fortalecer as defesas do nosso organismo contra o novo coronavírus. A atenção especial à nutrição se torna particularmente importante à medida que envelhecemos. Isso ocorre porque o envelhecimento está associado a diversas alterações no organismo que podem resultar em deficiências nutricionais e, consequentemente, na piora da imunidade.

Ao longo do envelhecimento, ocorre a redução da necessidade de calorias para a manutenção do peso, pois os idosos tendem a se mover e se exercitar menos, além de terem menor massa muscular. Outro fator que reduz ainda mais o consumo de alimentos por idosos é a diminuição da capacidade do organismo de reconhecer a fome. Estes fatores acabam gerando um dilema nutricional, pois embora os idosos consumam menos calorias e alimentos e, consequentemente, menos nutrientes, eles apresentam necessidades nutricionais muitas vezes até mais altas em comparação aos mais jovens.

Alguns dos nutrientes que se tornam especialmente importantes à medida que envelhecemos incluem o zinco, a vitamina C e a vitamina D. Estes nutrientes dão suporte ao funcionamento do sistema imunológico e podem ser importantes para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.

O envelhecimento está associado ao declínio progressivo do status de zinco no organismo por diversos fatores, que incluem a redução da ingestão alimentar e o uso de medicamentos. Em geral, idosos com doenças crônicas ou hospitalizados apresentam níveis ainda menores do mineral em comparação aos idosos saudáveis.

A deficiência crescente deste mineral, com consequente redução de seus níveis nas células imunológicas, está associada à desregulação progressiva das respostas imunes, resultando em maior suscetibilidade a doenças infecciosas, o que inclui as de causa viral. Esse processo é conhecido como imunossenescência.

Doenças crônicas ou agudas prevalentes nos idosos, como a diabetes tipo 2, podem reduzir os níveis de vitamina C no organismo. Dessa forma, os idosos também frequentemente sofrem com deficiência desta vitamina.

Um estudo demonstrou que a suplementação com 200 mg por dia de vitamina C em idosos hospitalizados com infecções respiratórias agudas levou a uma redução significativa da severidade da doença. Além disso, níveis baixos desta vitamina em idosos britânicos foram associados com o aumento da mortalidade por todas as causas, incluindo as cardiovasculares. Assim, pode-se supor que manter níveis adequados de vitamina C em idosos poderia auxiliar na prevenção de complicações associadas à COVID-19.

Os idosos também são frequentemente acometidos pela deficiência da vitamina D. Com o envelhecimento, ocorre a redução da produção desta vitamina pela pele após a exposição solar. Além disso, diversos estudos demonstram a correlação entre baixos níveis desta vitamina e doenças como câncer, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, que acometem principalmente os idosos.

A deficiência de vitamina D tem sido associada com maior susceptibilidade a infecções, inclusive de causas virais. Além disso, estudos indicam que a suplementação desta vitamina está associada com menor risco de desenvolver infeções respiratórias agudas. Dados preliminares de um estudo mostram ainda que, à medida que os níveis de vitamina D no organismo aumentam, ocorre uma redução do risco de desenvolvimento de doenças com sintomas semelhantes à gripe. Estes sintomas incluem febre, tosse seca e mal-estar, comumente presente nos pacientes com COVID-19.

A partir das observações apresentadas, pode-se supor que a deficiência de nutrientes, como zinco e vitaminas C e D, possa ser a variável comum entre indivíduos idosos e portadores de doenças crônicas, populações mais suscetíveis a complicações e mortalidade pela COVID-19, o que justifica a sua suplementação como medida de prevenção e controle da pandemia.

Vale ressaltar que, além da nutrição adequada, outras medidas de extrema importância recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para reduzir o risco de contrair o novo coronavírus são: lavar as mãos com frequência, ficar em casa sempre que possível e manter o distanciamento social.

Referências
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