O mercado global de chocolate sem açúcar deve crescer 5,7% até 2028, atingindo um valor de US$ 621,5 milhões. Isso apresenta muitas oportunidades de crescimento para empresas que desejam criar chocolates mais saudáveis com menos açúcar.
Embora isso possa ser um processo desafiador, também oferece a oportunidade de experimentar e criar novas ofertas, pois os adoçantes mudam a maneira como o chocolate se comporta e tem sabor.
Para desenvolver um chocolate de excelente sabor usando uma alternativa ao açúcar refinado, é preciso, primeiro, entender por que o açúcar é usado no chocolate e por que os consumidores procuram alternativas. A partir daí, é possível experimentar e explorar como os adoçantes afetam a experiência de consumir chocolate, da textura ao sabor e ao mouthfeel.
O açúcar é um dos principais ingredientes do chocolate tradicional. O composto adiciona volume ao produto, o que afeta o mouthfeel, ajudando o chocolate a ficar mais suave e fornecendo a maior parte da doçura. Esses elementos combinados criam a experiência indulgente.
Substituir ou reduzir o açúcar, portanto, cria desafios para as empresas que desejam desenvolver um produto de excelente sabor, que ofereça uma experiência semelhante para os consumidores, mas com menos impacto na sua saúde.
Nos últimos anos, a redução e substituição de açúcar tornou-se uma tendência mundial na confeitaria. Consumidores experientes em saúde estão procurando fazer escolhas diárias que reduzam a ingestão de açúcar, ao invés de se comprometerem com a próxima dieta da moda. Esses consumidores ainda querem um produto que pareça um deleite, mas sabendo que contém menos açúcar. Em resposta, muitos fabricantes de chocolate estão procurando criar um produto que atinja o equilíbrio perfeito entre doçura e açúcar reduzido.
Adoçantes sem açúcar, como estévia e eritritol, têm menos calorias do que os açúcares refinados tradicionais. A estévia tem apenas duas calorias por grama e o eritritol tem zero calorias, tornando-os ótimas alternativas para quem procura chocolates com baixo ou nenhum açúcar.
A experiência e a sensação que se tem ao provar o chocolate é o que torna a indústria do chocolate tão excitante; cada novo produto cria uma sensação única para o consumidor. Açúcar e adoçantes desempenham um papel vital aqui e, se não forem equilibrados corretamente, podem afetar negativamente o sabor do produto final.
Por exemplo, o eritritol pode ser substituído 1:1 no chocolate, pois os polióis se comportam de maneira semelhante ao açúcar, mas o sabor mudará o sabor do produto final de chocolate. O eritritol tem um poder adoçante menor (aproximadamente 70% do açúcar refinado) e é por isso que é misturado com a estévia, para criar uma cobertura com menor teor de açúcar e um perfil de sabor mais arredondado.
A mudança na demanda do consumidor por alimentos mais saudáveis cria novos desafios, mas também oferece a oportunidade de experimentar e criar novos produtos. Cada novo chocolate criado nesse setor ousa ser algo completamente diferente de outros produtos do mercado.
Fonte: New Food Magazine