Corantes carmim e clorofilina cúprica na massa de biscoitos
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A aprovação da ANVISA para o uso de corantes naturais carmim e clorofilina cúprica na produção de biscoitos representa uma transformação significativa no mercado alimentício, com oportunidades para inovação e crescimento.
Segundo Ieda Neta, especialista para Assuntos Regulatórios da Oterra para a América Latina, a novidade é ainda mais notável por contemplar corantes naturais, provenientes de fontes como cochonilha e alfafa, uma decisão que extrapola a questão da diversificação das opções de cores disponíveis para os consumidores, pois também vai ao encontro do uso de ingredientes mais sustentáveis e saudáveis na alimentação.
Tanto o carmim, derivado do ácido carmínico produzido pelo inseto cochonilha, quanto a clorofilina cúprica, extraída da alfafa, são pigmentos naturais com relevantes atributos para a indústria. Ambos não só adicionam cores vibrantes aos alimentos, mas oferecem estabilidade térmica, garantindo melhor resultado nos produtos finais. Atualmente, o carmim é aprovado para mais de 65 categorias diferentes de alimentos, enquanto a clorofilina cúprica pode ser aplicada em cerca de 50.
Ieda também ressaltou a importância da colaboração entre agências reguladoras e empresas do setor alimentício como fator fundamental para esse avanço, observando que o resultado é uma conquista expressiva para a indústria, que passa a contar com novas oportunidades para inovar e estabelecer diferenciais competitivos, bem como para consumidores mais ativos na busca por mais transparência e variedade na alimentação. “A mudança é significativa, abrindo caminho em direção a uma indústria alimentícia mais consciente, onde a diversidade de cores pode se tornar tão abrangente quanto a riqueza de nossas terras. Que os biscoitos de coloração rosa e verde sejam apenas o começo de uma era rumo a um mundo de alimentos mais naturais, saudáveis e deliciosos”, acrescentou.