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Computação Quântica: entenda o que é e como pode ser aplicada na indústria alimentícia

A computação quântica representa um novo modelo de computação que deve impactar diversos setores da indústria nos próximos anos, incluindo o de alimentação. Contudo, os profissionais precisam estar preparados para receber essa tecnologia. O cofounder da Dobslit Serviços e Tecnologias Quânticas Ltda, Carlos Speglich, explica que a computação quântica é uma nova forma de se fazer computação. “Não é apenas mais um nome, dentre tantos outros, que surgem a todo momento, na indústria de computação convencional, como ‘blockchain’ ou ‘Inteligência Artificial’. Trata-se de uma computação que é realizada em um hardware específico, com programas elaborados especificamente para ele. A Computação Quântica emprega ‘estados quânticos’ para computar, no lugar dos circuitos convencionais dos computadores que conhecemos”, afirma.

O professor do Departamento de Engenharia de Sistemas e Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Franklin Marquezino, aprofunda o tema e explica que a ideia da computação quântica é desenvolver um novo tipo de computador por meio de sistemas quânticos, para, então, resolver alguns problemas computacionais de forma mais eficiente do que conseguimos com os computadores atuais.

O docente enfatiza que não defende que todos os problemas ficam automaticamente fáceis quando se utiliza um computador quântico, mas que é importante que os diversos setores da economia se envolvam cedo, de modo que estejam preparados para utilizar essa tecnologia quando ela começar a dar resultados práticos.

Para Carlos Speglich, a computação quântica se encontra em um atual estágio onde apresenta “casos de uso” em diversos setores e segmentos, incluindo a cadeia de alimentação. “São numerosos os casos que atendem a indústria alimentícia, energia, sustentabilidade, logística etc. Produzimos as Provas de Conceito (PoCs) em parceria com os setores de tecnologia e inovação das empresas para que essas realizem seu posicionamento estratégico e que assim possam aprender, o quanto antes, a tirar proveito e a desmistificar a tecnologia. O ideal é que não fiquem à mercê de soluções prontas, no futuro, de grandes empresas internacionais, que vão vender a tecnologia a um custo muito mais alto e repleta de segredos. As empresas de visão certamente irão beneficiar-se desse posicionamento”, analisa.

Já o professor Franklin Marquezino avalia que a indústria alimentícia será beneficiada com algoritmos de otimização ou de aprendizado de máquinas mais eficientes com o desenvolvimento da computação quântica. “Esses algoritmos podem ajudar não somente a linha de produção, mas também as outras áreas, como consumo de energia, manejo de resíduos e melhora na sustentabilidade, por exemplo. É importante destacar que há um longo caminho a ser percorrido, pois os computadores quânticos atuais ainda são muito pequenos e extremamente suscetíveis a erros. Mas, sem dúvida, essa tecnologia tem avançado rapidamente e é importante que a indústria se mantenha atenta”, analisa.

Apesar da excelência acadêmica brasileira no setor, os investimentos na área ainda são baixos, de acordo com Carlos Speglich, que atribuiu o fato a fatores histórico-culturais. Já o cenário exterior é diferente. “No mundo há diversas ‘iniciativas quânticas’, que são programas governamentais de fomento, não só à computação quântica, mas a outras tecnologias quânticas de segunda geração. A China lidera os investimentos, na ordem dos 10 bilhões de dólares, seguida pela Alemanha (3,1 bilhões de dólares), França (2,2 bilhões de dólares), e Estados Unidos (1,2 bilhão de dólares). O Brasil, provavelmente por razões histórico-culturais, apresenta um quadro peculiar no mundo: apesar de termos excelentes pesquisadores na área, e do tamanho expressivo de nossa economia, nosso país não figura na lista dos que recebem investimentos expressivos para o desenvolvimento dessas tecnologias”, afirma.

O professor Franklin Marquezino tem uma visão otimista e acredita que a computação quântica cresce de forma rápida, o que pode propiciar em poucos anos soluções para o setor alimentício. “Se as tecnologias quânticas continuarem evoluindo no ritmo atual, daqui a não muitos anos poderemos ter computadores quânticos que alcancem algum tipo de vantagem em problemas de simulação em química, de otimização ou de aprendizado de máquinas. Todas essas aplicações podem ser potencialmente utilizadas na indústria de alimentos e setor agropecuário. Além disso, há outras tecnologias quânticas que podem beneficiar o setor, como por exemplo sensores mais avançados”, finaliza.

Fonte: Food Connection




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