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O que são compostos bioativos e como usá-los?

O termo bioativo é composto por duas palavras: bio- e -ativo. Em etimologia: bio- do grego "bios", refere-se a vida. E, -active, do latim "activus", significa dinâmico, cheio de energia, ou envolvendo uma atividade a qual apresenta todos os fenômenos que manifestam uma forma de vida, um funcionamento ou um procedimento. Assim, cientificamente, bioativo é um termo alternativo para "biologicamente ativo", ou seja, um composto bioativo é simplesmente uma substância que possui atividade biológica.

Nos dicionários médicos, uma substância bioativa é definida como uma substância com o efeito de provocar uma reação ou desencadear uma resposta no tecido vivo.

Um composto (ou substância) com atividade biológica tem efeito direto em um organismo vivo. Esse efeito pode ser positivo ou negativo, dependendo da substância, da dose ou da sua biodisponibilidade. Os compostos bioativos apresentam uma ampla gama de efeitos, começando pela boa manutenção da saúde, efeito de cura, ou ser perigoso ou, até mesmo, ser fatal. A dose ingerida de compostos bioativos é, muitas vezes, decisiva para o efeito ser positivo ou adverso.

Alguns especialistas consideram que essas atividades isoladas não são suficientes para que um composto seja definido como bioativo, pois devem também ter um efeito benéfico na saúde. Essa definição distingue estes compostos de muitos outros que são bioativos, mas que possuem efeitos adversos e são considerados cancerígenos ou tóxicos.

Além do efeito gerado, outro critério envolvido na definição de compostos bioativos são as suas origens, englobando os compostos bioativos de alimentos ou de outras fontes não comestíveis por seres humanos ou animais. O primeiro caso se refere ao "uso não nutricional dos nutrientes", excedendo, ao mesmo tempo, o valor energético dos alimentos e seu conteúdo de proteína, gordura e carboidratos, a fim de considerar outros ingredientes que possam contribuir positivamente na preservação da saúde por modificação de função fisiológica normal ou pela melhora de uma atividade biológica do organismo.

Nesse sentido, os compostos bioativos são componentes de alimentos ou suplementos alimentares, além daqueles necessários para atender as necessidades nutricionais básicas, responsáveis pelas mudanças no estado de saúde. Neste caso, é importante entender que os compostos bioativos não são nutrientes, mesmo que estejam contidos nos alimentos ou em seus constituintes.

Esta definição se opõem a visão de que compostos bioativos são compostos essenciais e não essenciais que ocorrem na natureza, sendo parte da cadeia alimentar e que podem ter efeito sobre a saúde humana. Ao contrário disso, várias definições excluem os compostos essenciais como compostos bioativos.

De acordo com a Encyclopedia of Food & Culture, o termo "componente bioativo dos alimentos" refere-se a biomoléculas não essenciais que estão presentes nos alimentos e que têm a capacidade de modular um ou mais processos metabólicos, o que resulta na promoção da saúde. E, aproximando-se da definição anterior, compostos bioativos são componentes extranutricionais dos alimentos que alegam ter efeitos benéficos para a saúde, o que, normalmente, não inclui os nutrientes essenciais; ou ainda, constituintes extranutricionais que normalmente ocorrem em pequenas quantidades nos alimentos, sendo extensivamente estudados para avaliação dos seus efeitos na saúde.

O termo "composto" ou "componente" alimentar bioativo é geralmente associado apenas a efeitos positivos sobre o organismo. Tal definição considera que a dieta bioativa influencia o estado de saúde e, portanto, têm valor biológico além do teor calórico. Nesse contexto, a bioatividade tem o potencial, no mínimo, de afetar a saúde de forma benéfica, o que exclui da definição os efeitos potencialmente adversos, como toxicidade, alergenicidade e mutagenicidade, que são, sem dúvida, o reflexo da bioatividade em seu sentido mais amplo.

Além desta última definição, o uso de frases neutras ou incertas deixa uma grande margem para que os efeitos negativos de vários compostos no organismo vivo sejam incluídos no âmbito da bioatividade. Assim, os compostos bioativos podem ser definidos como os constituintes não nutritivos inerentes de plantas alimentícias, com promoção benéfica fornecida sobre a saúde e/ou efeitos tóxicos quando ingeridos. Esta abordagem assume uma presença maior com relação aos compostos não alimentares.

Embora não seja o caso, várias definições atribuem o termo "composto bioativo" diretamente a compostos derivados de alimentos, sejam eles produtos ou que estejam presentes nos alimentos, ou ainda, que façam parte da cadeia alimentar, de tal forma que é apresentado como sinônimo de "alimento bioativo" e, mais especificamente, limitado a plantas ou culturas alimentares.

Os compostos bioativos contêm substâncias químicas que são encontradas em pequenas quantidades em plantas e em certos alimentos, como frutas, legumes, nozes, óleos e grãos integrais, os quais têm ações no organismo que podem promover a boa saúde.

Em plantas, geralmente, os nutrientes não são incluídos no termo “composto bioativo vegetal”. Os compostos bioativos típicos de plantas são produzidos como metabólitos secundários, que não são necessários para o funcionamento diário da planta, mas que desempenham papel importante na competição, defesa, atração e sinalização. Assim, os compostos bioativos nas plantas podem ser definidos como metabólitos secundários, provocando efeitos farmacológicos ou toxicológicos em humanos e animais.

Contudo, as plantas não são a única fonte de substâncias com bioatividade. Estas substâncias também são encontradas em outros organismos vivos e microorganismos, como bactérias, e em alguns grupos de animais, destacando que o que se aplica aos microorganismos terrestres também se aplica aos microorganismos marinhos, os quais também produzem substâncias potencialmente úteis como metabólitos secundários bioativos.

Além das substâncias bioativas naturais, no início do século XX, desenvolveu-se a capacidade de sintetizar uma ampla variedade de moléculas bioativas, adicionando-se, com isso, outra fonte de moléculas bioativas, ou seja, a fonte sintética.

Enfim, segundo consenso comum, os compostos bioativos são compostos essenciais e não essenciais (por exemplo, vitaminas ou polifenóis) que ocorrem na natureza, fazem parte da cadeia alimentar e podem ter efeito sobre a saúde humana. Sua origem pode ser natural, terrestre ou aquática; uma planta, animal ou outra fonte (por exemplo, microorganismos); ou sintética, parcial ou totalmente.

Uma ampla gama de compostos bioativos é encontrada nos alimentos, especialmente em frutas e hortaliças. Esses compostos variam extensamente em estrutura química e, consequentemente, na função biológica. Entretanto, apresentam algumas características em comum, ou seja, pertencem a alimentos do reino vegetal, são substâncias orgânicas e geralmente de baixo peso molecular, não são indispensáveis nem sintetizados pelo organismo humano e apresentam ação protetora na saúde humana quando presentes na dieta em quantidades significativas. Essas substâncias exercem várias ações do ponto de vista biológico, como atividade antioxidante, modulação de enzimas de desintoxicação, estimulação do sistema imune, redução da agregação plaquetária, modulação do metabolismo hormonal, redução da pressão sanguínea e atividade antibacteriana e antiviral.

Os compostos bioativos são, em sua maioria, metabólitos secundários e geralmente estão relacionados com os sistemas de defesa das plantas contra a radiação ultravioleta, agressões de insetos ou patógenos.

A quantidade de compostos bioativos presente nos alimentos não reflete necessariamente a quantidade absorvida e metabolizada pelo organismo. Assim, são necessárias a identificação e utilização de biomarcadores de exposição apropriados para o melhor entendimento dos principais processos individuais de biodisponibilidade desses compostos e de seus metabólitos.

Entre os principais compostos bioativos incluem-se os glicosinolatos, os fenóis, os isotiocianatos, os monoterpenos, os fitoestrógenos, as saponinas, os carotenóides, os fitoesteróis, os fitatos, os inibidores de protease e as bactérias ácido lácticas.

Os compostos bioativos são componentes naturais de alimentos que possuem atividade biológica, além de seu valor nutricional. O consumo diário de uma ampla gama de alimentos da dieta humana comum, naturalmente permite a ingestão de uma variedade de compostos bioativos.

Na indústria de alimentos e bebidas, os alimentos enriquecidos com bioativos são frequentemente obtidos pela adição de compostos bioativos aos alimentos/ingredientes, sendo frequentemente projetados para atender a quatro demandas do consumidor, sendo elas: sabor, conveniência, proposição simples e preço.

É importante destacar que a interação entre os compostos bioativos adicionados e a matriz alimentar precisa ser considerada no desenvolvimento de um alimento enriquecido com bioativos. Os constituintes de uma matriz alimentar podem ajudar ou impedir a disponibilidade dos compostos bioativos; além disso, a dose efetiva do composto bioativo isolado pode mudar se for administrada como parte de um alimento específico. Outro ponto importante é que a concentração bioativa e a disponibilidade no alimento enriquecido com bioativos também pode ser afetada pelas condições de processamento e armazenamento do alimento.

O processamento de alimentos provoca mudanças nos compostos bioativos. Muitas substâncias bioativas que promovem a saúde se tornam instáveis durante o processamento e armazenamento por sofrerem várias reações químicas, como oxidação, hidrólise, degradação térmica e reação de Maillard, resultando na mudança e na redução da sua bioatividade.

Por outro lado, o processamento também pode gerar novos compostos bioativos. Alguns desses compostos, derivados do processamento de alimentos populares, como alho, soja, chá e produtos lácteos, tem sido formulados para serem benéficos na prevenção e tratamento de várias doenças e enfermidades.

Márcia Fani

Editora




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