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Ácidos graxos essenciais impulsionam o mercado de saudabilidade

Durante as últimas décadas, a conscientização sobre o papel dos ácidos graxos essenciais na saúde humana e na prevenção de doenças tem aumentado continuamente, fortalecendo o mercado e ampliando as suas perspectivas de crescimento.

Os ácidos graxos são definidos como substâncias orgânicas encontradas em temperatura ambiente nas fases sólida e líquida e semissólida. Pertencem ao grupo dos ácidos carboxílicos, compostos que apresentam a carboxila, carbono ligado a um oxigênio e a uma hidroxila. De forma geral, possuem cadeias carbônicas abertas saturadas, nas quais o número de carbonos pode variar entre 4 e 22 átomos. São ácidos monocarboxílicos, ou seja, apresentam apenas um grupo carboxila.

O termo ácidos graxos essenciais refere-se aos ácidos graxos poliinsaturados (PUFA - Poly Unsaturated Fatty Acids), que apresentam duas ou mais ligações entre os átomos de carbono e que não podem ser sintetizados no organismo, mas que são necessários para a saúde, devendo, portanto, ser adquiridos na dieta.

As duas famílias de ácidos graxos poliinsaturados são representadas, cada uma, por um ácido essencial: o ácido linoleico (família ômega 6) e o ácido α-linolênico (família ômega 3) que, por sua vez, dão origem a outros ácidos essenciais de cadeias mais longas, chamados de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (LCPUFA).

O ômega 9 também é um ácido graxo, porém, não é considerado essencial, por ser o único que pode ser produzido pelo próprio organismo, desde que os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 já estejam presentes.

Os ácidos graxos essências ômega 3 e ômega 6 são importantes nutrientes das dietas regulares, fornecendo vários atributos benéficos com relação a uma variedade de condições de saúde, incluindo depressão, perda óssea, saúde cardiovascular e saúde mental.

A família ômega 3 inclui os ácidos graxos alfa-linolênico (ALA); estearidônico (STD); eicosatrienóico (ETE); eicosatetraenóico (ETA); eicosapentaenóico (EPA); docosapentaenóico (DPA), docosaexanóico (DHA); tetracosapentaenóico (TPA); e estearidônico (STD), sendo os ácidos alfa-linolênico (ALA), o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), todos classificados como alimentos funcionais.

As maiores fontes de ômega 3 na natureza são os peixes de águas frias e profundas, oleaginosas e óleo de linhaça, ovos enriquecidos e leite fortificado, que já os apresenta na sua forma natural. No entanto, pode-se associá-las ao consumo de vitamina E e selênio (brócolis, azeite extra virgem, oleaginosas, castanha e nozes) e sucos cítricos, para que formem um pool de antioxidantes, a fim de preservar a integridade da estrutura química do ômega 3.

Já a família ômega 6 é composta pelos ácidos linoleico; γ-linolênico; eicosadienóico; dihomo-gamma-linolênico; araquidônico; docosadienóico; adrénico; docosapentaenóico; e calêndico.

A maioria é proveniente da dieta, como o ácido linoleico, por exemplo, sendo encontrado especialmente em azeites vegetais (girassol, milho, soja, etc.) e em alimentos que os contenham, como as conservas em azeite, entre outros. O ácido linoleico é convertido no organismo em outro ácido graxo da família ômega 6, o ácido gama linoleico, sendo, posteriormente, transformado pelo organismo em ácido graxo araquidônico.

Quando se fala em ômega 6, deve-se destacar também a importância de se manter determinada proporção entre os diferentes integrantes da mesma família; embora o ácido linoleico, principal componente do ômega 6, exerça funções importantíssimas no organismo, não é conveniente que haja excesso do mesmo. Como em muitos outros aspectos da alimentação, a moderação e o equilíbrio, neste caso, é um ponto fundamental.

O ácido γ-linolênico ou, simplesmente, GLA (Gamma Linolenic Acid) é designado como ômega 6. Quimicamente, é um ácido carboxílico com uma cadeia de 18 carbonos e três ligações duplas cis; a primeira ligação dupla é localizada no sexto carbono, a contar da terminação ômega. É também chamado de ácido gamolênico, um isômero do ácido α-linolênico, que é o ácido graxo ômega 3.

A demanda por funcionalidade colocou em evidência o enriquecimento de alimentos com ácidos graxos ômega. Além de serem nutrientes básicos presente em alguns alimentos, trazem diversos benefícios à saúde e hoje, fazem parte da lista de ingredientes de uma série de produtos, como margarinas, leites, iogurtes, pães, sucos e ovos.

A maior parte dos alimentos enriquecidos com ômega 3 possui em sua composição o ácido alfa-linolênico, que é derivado de plantas, como a semente de linhaça, por exemplo, o que propicia uma conotação mais natural no rótulo, além de ser significativamente mais barato, o que possibilita uma maneira atrativa de comercializar produtos "fortificados com ômega 3" em economias emergentes. Laticínios, produtos de panificação e snacks, na forma de barras ou outros, são enriquecidos com a simples adição de linhaça (semente de linho), ao invés de mais elaborados ingredientes ômega 3, como o ácido docosaexaenoico/ácido eicosapentaenoico. Além disso, outra característica que estimula os fabricantes a adicionarem o ácido alfa-linolênico ao alimento é a resistência por parte de alguns consumidores em aceitar produtos lácteos e panificados contendo óleo de peixe.

O ômega 3 também é um dos ingredientes mais populares para a saúde cardiovascular, principalmente contendo ácido eicosapentaenoico e ácido docosaexaenoico. Os principais produtos incluem margarinas e iogurtes desnatados com fitoesteróis e ômega 3, biscoitos com cacau e vitaminas, shakes, snacks, leite UHT, pães de forma, entre outros produtos.

Os ácidos graxos ômega 3, especialmente o ácido docosaexaenoico e o ácido eicosapentaenoico EPA, e o ômega 6 ácido araquidônico estão entre os principais ingredientes envolvidos na saúde e desenvolvimento do cérebro. É por essa razão que esses ingredientes são indicados para os últimos três meses de gestação e para o primeiro ano de vida. Os efeitos benéficos dos ácidos graxos ômega 3 fazem com que esses ingredientes sejam os mais utilizados nos produtos para a saúde cerebral.

A demanda por ácidos graxos poliinsaturados teve aumento significativo nos últimos anos, devido a seus benefícios em vários campos da saúde, ampliando a demanda em diversos setores, como suplementos alimentares, alimentos e bebidas, fórmulas infantis e produtos farmacêuticos.

O mercado global de ácidos graxos essenciais foi avaliado em US$ 3,937 milhões de dólares em 2020 e está projetado para chegar a US$ 6,760 milhões de dólares em 2027, crescendo a um CAGR de 7,9% durante o período de 2021 a 2027.

Segundo os institutos de pesquisa de mercado, a América do Norte deverá dominar o mercado de ácidos graxos essenciais globalmente até 2027, sendo os Estados Unidos o principal player na região, devido ao grande número da população preocupada com a boa forma, o que deve impulsionar ainda mais esse mercado regional.

A Europa também deverá apresentar crescimento significativo nos próximos anos, tendo o Reino Unido, a França e a Alemanha como os principais participantes nesse mercado regional. Já a previsão para o mercado de ácidos graxos essenciais da Ásia-Pacífico é de crescimento significativo nos próximos anos, colocando a Índia e a China como os principais players regionais.

Para a América Latina, a previsão é de crescimento moderado ao longo do período de 2020 a 2027, impulsionado principalmente pela alta demanda por óleos de peixe encapsulados no Brasil, os quais auxiliam na redução de doenças cardíacas devido ao seu alto teor de poliinsaturados. Além disso, a crescente população preocupada com a saúde também está alimentando esse mercado regional.

Márcia Fani

Editora




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