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Explorando as opções em açúcares alternativos

A crescente conscientização sobre os impactos negativos do consumo excessivo de açúcar na saúde tem impulsionado a busca por alternativas que possam oferecer os mesmos benefícios sensoriais com menores riscos metabólicos.

No cenário da indústria de alimentos e bebidas, a exploração de açúcares alternativos é uma estratégia fundamental para atender as demandas dos consumidores por produtos mais saudáveis, sem comprometer o sabor e a funcionalidade dos produtos.

Os açúcares alternativos abrangem uma variedade de compostos, incluindo álcoois de açúcar (poliálcoois), adoçantes não calóricos e adoçantes naturais, cada um apresentando características específicas em termos de doçura, perfil sensorial, estabilidade e impacto na saúde.

Os álcoois de açúcar, como sorbitol, manitol, xilitol e eritritol, são utilizados amplamente devido a sua capacidade de fornecer doçura com uma fração das calorias presentes no açúcar comum. Além disso, esses compostos apresentam um índice glicêmico baixo, o que os torna adequados para produtos destinados a diabéticos e consumidores que buscam controlar a ingestão de carboidratos.

Os adoçantes não calóricos, como aspartame, sucralose, acessulfame-k e sacarina, oferecem uma doçura intensa sem calorias adicionadas, o que é particularmente vantajoso em bebidas e produtos dietéticos. A sucralose, por exemplo, é aproximadamente 600 vezes mais doce que o açúcar, permitindo a utilização em quantidades mínimas sem alterar significativamente o perfil calórico do produto.

A estabilidade desses adoçantes em várias condições de processamento, como pH variado e altas temperaturas, é um fator crucial para sua aplicação em diferentes tipos de alimentos e bebidas. No entanto, a percepção de sabor residual e a aceitação do consumidor são aspectos importantes que precisam ser considerados e testados durante o desenvolvimento do produto.

Os adoçantes naturais, como estévia, extratos de fruta do monge e alulose, têm ganhado popularidade devido a sua origem natural e menor processamento, alinhando-se com a tendência de produtos mais clean label.

A estévia, derivada da planta Stevia rebaudiana, é um dos adoçantes naturais mais estudados e amplamente utilizados. Seus glicosídeos de esteviol são centenas de vezes mais doces que o açúcar e não impactam os níveis de glicose no sangue, tornando-os adequados para uma ampla gama de aplicações alimentícias. No entanto, o perfil de sabor da estévia, que pode apresentar um gosto residual amargo ou metálico, requer formulações cuidadosas para mascarar essas características indesejadas.

A alulose, um açúcar raro encontrado em pequenas quantidades em algumas frutas, está emergindo como uma alternativa promissora devido a sua semelhança estrutural com a frutose, proporcionando um sabor doce sem as calorias associadas.

Estudos indicam que a alulose não é metabolizada pelo corpo humano de maneira significativa, resultando em um impacto calórico negligível. Além disso, sua funcionalidade em produtos de panificação e confeitaria, onde pode replicar as propriedades cristalinas e de umidade do açúcar comum, é altamente valorizada.

A integração de açúcares alternativos na formulação de alimentos e bebidas exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a compreensão das propriedades físico-químicas desses compostos, sua interação com outros ingredientes e o impacto nas características sensoriais e reológicas do produto final. Testes de estabilidade, vida útil e aceitação do consumidor são etapas essenciais para garantir que os produtos desenvolvidos atendam as expectativas de qualidade e sabor.




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