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TENDÊNCIAS NA APLICAÇÃO DE HIDROCOLOIDES EM SISTEMAS ALIMENTÍCIOS

A aplicação de hidrocoloides na indústria de alimentos é extensa e abrange diferentes categorias de produtos.

Os hidrocoloides são substâncias amplamente utilizadas na indústria de alimentos devido as suas propriedades funcionais e capacidade de modificar a textura e a estabilidade de diferentes sistemas alimentícios.

Funcionalidade de opções em diferentes categorias

Os hidrocoloides são substâncias poliméricas que têm a capacidade de formar géis ou soluções viscosas quando dispersos em água. Em sistemas alimentícios, atuam como espessantes, estabilizantes, agentes de suspensão e emulsificantes, oferecendo uma ampla gama de funcionalidades que permite melhorar a textura, a viscosidade, a aparência e a estabilidade dos alimentos, além de promover a retenção de água e controlar a liberação de sabores e aromas.

Entre os principais hidrocoloides com função espessante estão a goma xantana, que apresenta elevada viscosidade em baixo cisalhamento (rendimento de estresse), altamente pseudoplástica, mantém a viscosidade na presença de eletrólitos através de uma ampla gama de pH e temperaturas elevadas; a carboximetilcelulose, com elevada viscosidade, porém reduzida pela adição de eletrólitos e baixo pH; a metilcelulose e a hidroxipropilmetilcelulose, sendo que em ambas a viscosidade aumenta com a temperatura (pode ocorrer gelificação) não sendo influenciada pela adição de eletrólitos ou pH; e as galactomananas (goma guar e goma alfarroba), que apresenta elevada baixa viscosidade de cisalhamento e é fortemente pseudoplástica. As galactomananas não são influenciadas pela presença de eletrólitos, mas podem degradar e perder viscosidade em alto e baixo pH quando submetidas a altas temperaturas.

Já a lista dos principais hidrocoloides com função gelificante inclui os agentes gelificantes termorreversíveis e termicamente irreversíveis. Entre os agentes gelificantes termorreversíveis destacam-se a gelatina, cujo gel é formado por resfriamento; a agar, cujo gel também é formado por resfriamento; a carragena Kappa, onde a formação de gel ocorre por resfriamento na presença de sais, principalmente, de sais de potássio; a carragena Iota, também com formação de gel por resfriamento na presença de sais; a pectina de baixa metilação, com gel formado na presença de cátions divalentes, principalmente, de cálcio em baixo pH (3 a 4,5); a goma gelana, cujo gel é formado por resfriamento na presença de sais; a metilcelulose e a hidroxipropilmetilcelulose, cuja formação de gel se dá por aquecimento; e a goma xantana e goma alfarroba ou konjac, com gel formado por resfriamento de misturas.

Os agentes gelificantes termicamente irreversíveis incluem o alginato, com gel formado pela adição de cátions polivalentes, principalmente cálcio, ou a baixo pH < 4; a pectina de alto grau de metilação, cuja formação de gel se dá em elevados teores de sólidos solúveis (por exemplo, 50% de açúcar) e baixo pH < 3,5; a goma Konjac, com gel formado pela adição de álcali; e a goma alfarroba, com formação de gel após congelamento.


A aplicação dos hidrocoloides na indústria de alimentos é extensa e abrange diferentes categorias, desde lácteos, panificação, sobremesas e molhos até bebidas.

Em lácteos, como iogurtes, sorvetes e queijos, melhoram a textura, a cremosidade e a estabilidade, evitando a separação de fases e melhorando a experiência sensorial do consumidor.

Em produtos de panificação, como pães, bolos e biscoitos, ajudam a melhorar a textura, a retenção de água e a maciez, contribuindo também para a estabilidade da massa, auxiliando no controle do tamanho das bolhas de ar e evitando a formação de estruturas densas.

Em sobremesas gelificadas, como pudins, mousses e gelatinas, são essenciais na formação de géis e na obtenção de texturas desejadas, bem como conferem consistência e estabilidade, garantindo uma experiência agradável ao consumidor.

Em molhos, como ketchup, maionese e molho de salada, conferem viscosidade, estabilidade e melhoram a textura, além de evitarem a separação de fases e garantirem uma cobertura uniforme.

E, em bebidas, como sucos, refrigerantes e opções lácteas, atuam como estabilizantes, evitando a sedimentação de partículas e melhorando a consistência. Também podem ser utilizados para controlar a viscosidade e o mouthfeel.

Os hidrocoloides mencionados, como a goma guar, goma xantana, alginatos, carragena e pectina, apresentam diferentes mecanismos de ação e benefícios específicos para cada aplicação. A goma de guar é valorizada por sua capacidade de espessamento e estabilização, sendo comumente utilizada em molhos, sorvetes e produtos de panificação. A goma xantana, por sua vez, é reconhecida pela sua excelente capacidade de espessamento e estabilização, sendo amplamente aplicada em molhos, saladas, produtos cárneos e alimentos sem glúten.

Os alginatos são apreciados por sua capacidade de formar géis estáveis em presença de cálcio, sendo empregados na estabilização e texturização de produtos lácteos, sorvetes, sobremesas gelificadas, produtos cárneos e produtos de panificação.

A carragena, extraída de algas marinhas vermelhas, forma géis elásticos em presença de íons de potássio, sendo utilizada como estabilizante em produtos lácteos, conferindo cremosidade e evitando a formação de cristais de gelo indesejados.

A pectina, encontrada em frutas e vegetais, é amplamente utilizada como geleificante em geleias, doces, recheios de frutas e produtos lácteos, proporcionando consistência gelatinosa e contribuindo para a retenção de umidade.

As propriedades físicas e químicas dos hidrocoloides têm forte influência sobre o seu comportamento quando aplicados em formulações e submetidos às condições de processo. Por isso, um profundo conhecimento do seu comportamento reológico é essencial para a formulação de alimentos, para o projeto e avaliação das condições de processo e para a determinação da qualidade do produto final. Além disso, as propriedades reológicas também são um indicador da qualidade do produto e desempenham papel fundamental na análise das condições de escoamento em processos alimentícios, como pasteurização, evaporação e secagem.

Propriedades vs. comportamento

Os hidrocoloides são polímeros que possuem propriedades físicas e químicas únicas, que os tornam essenciais na indústria alimentícia. Tais propriedades têm influência significativa quando aplicados em formulações alimentícias, incluindo estrutura química, concentração, pH do sistema, presença de outros ingredientes e condições de processamento. Além disso, as interações entre as moléculas de hidrocoloides e a água são fundamentais na determinação das propriedades reológicas do sistema.

A solubilidade dos hidrocoloides é um fator-chave ao formular alimentos. Os solúveis em água, como a goma arábica e a goma xantana, geralmente se dispersam facilmente na matriz alimentícia, formando soluções viscosas, o que facilita sua incorporação e distribuição uniforme nos alimentos. Por outro lado, os insolúveis, como a celulose microcristalina, podem requerer um processo de dispersão adequado para garantir sua eficácia funcional.

A viscosidade também é uma das propriedades reológicas mais importantes; está relacionada à resistência ao fluxo de um sistema e pode variar significativamente dependendo do tipo e concentração do hidrocoloide. Também deve ser considerado o seu perfil de pseudoplasticidade ou dilatância, pois influencia a capacidade do alimento de fluir durante o processamento e a estabilidade da estrutura após o processamento.

A capacidade de gelificação dos hidrocoloides é amplamente explorada em muitas formulações alimentícias e afeta a textura final, a capacidade de retenção de água, a estabilidade e a liberação controlada de compostos encapsulados. A formação de géis pode ocorrer durante o processamento térmico, resfriamento ou interação com outros ingredientes, e é influenciada por fatores como a concentração do hidrocoloide, o tempo e a temperatura de gelificação.

Outro aspecto importante é a capacidade dos hidrocoloides de interagir com outros ingredientes presentes no sistema alimentício; interações com proteínas, gorduras, açúcares e sais, por exemplo, podem afetar a estabilidade e a funcionalidade das formulações. A adição de sais, açúcares ou ácidos pode alterar a viscosidade de uma solução de hidrocoloide, modificando as interações hidrofílicas e hidrofóbicas entre as moléculas. Já a adição de proteínas pode afetar a viscosidade e a estabilidade, resultando em alterações reológicas e texturais.

Da mesma forma, as propriedades químicas dos hidrocoloides, como carga elétrica, podem ser afetadas pelo pH do meio. Mudanças no pH podem levar a variações na solubilidade, viscosidade e capacidade de gelificação. Além disso, a temperatura de processamento também influencia o comportamento dos hidrocoloides; alguns requerem temperaturas elevadas para ativar a gelificação, enquanto outros podem ser afetados negativamente por altas temperaturas, resultando em perda de funcionalidade.

O conhecimento detalhado dos aspectos apresentados, permite otimizar o desempenho dos hidrocoloides nas formulações alimentícias e garantir a consistência e a qualidade dos produtos finais.

Da evolução às tendências

Ao longo do tempo, os hidrocoloides têm passado por diferentes estágios de evolução, desde a descoberta e uso inicial até a otimização e aplicação em larga escala. Os primeiros hidrocoloides utilizados foram principalmente gomas naturais, como arábica e a guar, que possuem a capacidade de formar géis e fornecer viscosidade aos alimentos.

Com o avanço da ciência e da tecnologia, foram desenvolvidos hidrocoloides modificados e novos ingredientes com propriedades funcionais específicas, que são amplamente utilizados atualmente, como a carragena, que possui alta capacidade de gelificação e estabilização de emulsões; o alginato, que apresenta capacidade de gelificação em presença de cálcio e é utilizado na produção de géis, como esferificações e revestimentos em alimentos; ou a goma xantana, um dos hidrocoloides mais versáteis, que confere viscosidade e estabilização a uma ampla variedade de produtos; ou ainda, a combinação de diferentes hidrocoloides para obter sinergias em suas propriedades funcionais, um exemplo clássico é a combinação de goma xantana e carragena, que pode fornecer uma textura melhorada e estabilidade em produtos lácteos.

Acompanhando essa evolução, algumas tendências estão surgindo como reflexo da busca por alimentos mais saudáveis, sustentáveis e adaptados às preferências individuais dos consumidores.

A preocupação com a origem e a natureza dos ingredientes presentes nos alimentos, tem impulsionado a demanda por hidrocoloides provenientes de fontes naturais e por produtos clean label colocando em evidência a goma guar, a goma xantana e a pectina, que são ingredientes naturais e amplamente aceitos na indústria de alimentos. Esses hidrocoloides são derivados de fontes vegetais e podem ser utilizados para melhorar a textura, a estabilidade e a qualidade dos alimentos, sem comprometer a naturalidade dos produtos.

Da mesma forma, desempenham papel importante na tendência clean label, pois podem substituir aditivos sintéticos, proporcionando estabilidade, espessamento e texturização sem comprometer a qualidade do produto final.

Os hidrocoloides também desempenham papel relevante na redução do teor de açúcar e gordura, uma vez que podem melhorar a textura, a consistência e a estabilidade dos alimentos, permitindo reduzir a quantidade de açúcar e gordura necessária para alcançar a mesma qualidade sensorial.

Em alimentos funcionais e enriquecido, os hidrocoloides estão sendo explorados como veículos para a entrega de fibras, probióticos, vitaminas e minerais, ajudando a proteger e estabilizar esses ingredientes durante o processamento e armazenamento dos alimentos.

Outra inovação é na redução de pegajosidade em produtos congelados, como massas, vegetais e frutas, onde são empregados também para reduzir a formação de cristais de gelo indesejáveis, resultando em uma textura mais agradável e facilidade no manuseio e preparo dos alimentos.

Já no mercado de produtos à base de plantas, estão sendo utilizados para melhorar a textura e a consistência desses produtos.

Para além do foco em naturalidade, a busca por experiências sensoriais únicas tem impulsionado o desenvolvimento de alimentos com texturas modificadas. Nesse campo, os hidrocoloides são fundamentais para a criação de texturas diferentes, como espumas, géis, cremes e texturas esterificadas, agregando valor aos produtos alimentícios e oferecendo uma experiência sensorial diferenciada e agradável aos consumidores.

Além disso, os hidrocoloides estão alinhados com a busca por opções mais sustentáveis na indústria de alimentos. São derivados de fontes renováveis, como algas marinhas e plantas, e podem ajudar a reduzir o desperdício alimentar, aumentando a vida útil dos produtos e melhorando a estabilidade, evitando, assim, a necessidade de descarte prematuro.

Essas são apenas algumas das tendências na aplicação de hidrocoloides em sistemas alimentícios atualmente. À medida que as tendências evoluem, novas possibilidades de explorar a aplicação dos hidrocoloides surgem para desenvolver produtos inovadores e com características sensoriais diferenciadas.








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