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As enzimas na otimização de processos e redução de custos na indústria de panificação

As enzimas são moléculas proteicas que atuam como catalisadores biológicos, acelerando reações químicas específicas sem serem consumidas no processo. Na panificação, são amplamente utilizadas para melhorar a qualidade dos produtos finais, aumentar a eficiência do processo e reduzir os custos de produção.

Uma das suas principais funções é a quebra de amido em açúcares simples, como glicose e maltose, aumentando a disponibilidade de açúcares para fermentação pelas leveduras, o que resulta em uma fermentação mais rápida e completa. Como resultado, os pães apresentam maior altura, volume e textura mais macia. Além disso, a quebra de amido também pode melhorar a cor do produto final, conferindo uma tonalidade dourada mais atraente.

Outra aplicação importante das enzimas na panificação é a modificação da estrutura do glúten, uma proteína presente na farinha de trigo responsável pela formação da rede de proteção que retém os gases produzidos durante a fermentação. O uso de enzimas específicas, como as proteases, pode ajudar a melhorar a extensibilidade e a elasticidade do glúten, resultando em uma massa mais maleável e fácil de trabalhar; também pode reduzir a tendência de enrijecimento do pão durante o armazenamento, prolongando a sua vida útil.

As enzimas também podem ser empregadas para melhorar a estabilidade da massa, retardar a retrogradação do amido e aumentar a tolerância ao congelamento, permitindo que os fabricantes produzam produtos de alta qualidade com uma maior consistência e uniformidade, independentemente das variações nas condições de processamento ou nas características da matéria-prima.

Além disso, o uso de enzimas na indústria de panificação possibilita o aumento da eficiência do processo e a redução dos custos de produção.

O aumento da eficiência do processo é alcançado principalmente através de duas vias: otimização da hidratação da farinha e redução do tempo de mistura.

Em relação à hidratação da farinha, as enzimas proteolíticas, como as proteases, são essenciais. Essas enzimas quebram as proteínas presentes na farinha, especialmente o glúten, tornando-as mais solúveis em água, o que facilita a absorção de água pela farinha durante a fase de mistura, resultando em uma massa mais hidratada e homogênea. Como resultado, a massa se torna mais maleável e fácil de manipular, reduzindo a necessidade de adição de água durante o processo de mistura.

Além disso, as enzimas também podem reduzir o tempo de mistura necessário para desenvolver a massa. Ao modificar a estrutura do glúten, as proteases aumentam a extensibilidade e a elasticidade da massa, permitindo que se desenvolva mais rapidamente. Isso significa que os fabricantes podem reduzir o tempo de mistura sem comprometer a qualidade do produto final. Como resultado, o ciclo de produção é encurtado, aumentando a capacidade de produção e reduzindo os custos operacionais.

Outra maneira pela qual as enzimas aumentam a eficiência do processo é através da redução do tempo de fermentação. As enzimas amilolíticas, que quebram o amido em açúcares fermentáveis, aceleram o processo de fermentação, permitindo que as leveduras produzam dióxido de carbono mais rapidamente, o que resulta em uma fermentação mais rápida e completa, reduzindo o tempo necessário para a prova da massa. Com isso, os ciclos de produção são encurtados e a capacidade de produção é aumentada.

Com relação a redução dos custos de produção, ao implementar enzimas específicas em diferentes etapas do processo de fabricação, é possível obter diversas vantagens econômicas.

Uma das principais áreas onde ocorre essa redução de custos é na diminuição do tempo de produção. Como mencionado anteriormente, as enzimas aceleram o processo de fermentação e desenvolvimento da massa, permitindo ciclos de produção mais curtos, resultando em uma utilização mais eficiente dos equipamentos e instalações, e reduzindo os custos operacionais associados ao consumo de energia, mão de obra e depreciação de equipamentos.

Além disso, também pode levar a uma redução do desperdício de matéria-prima. Ao melhorar a hidratação da farinha e o desenvolvimento da massa, as enzimas garantem uma utilização mais completa dos ingredientes, minimizando a formação de resíduos e subprodutos indesejados, o que é especialmente importante em processos de produção em larga escala, onde até pequenas reduções no desperdício podem resultar em economias significativas.

Outra maneira pela qual as enzimas ajudam a reduzir os custos é através da melhoria da consistência e qualidade dos produtos finais. Ao garantir uma fermentação mais rápida e completa, ajudam a evitar defeitos e falhas na produção, reduzindo a necessidade de retrabalho e descarte de lotes.

Além disso, ao reduzir o tempo de mistura e fermentação, as enzimas também podem permitir uma maior flexibilidade na programação de produção. Os fabricantes podem ajustar mais facilmente os volumes de produção para atender a demanda do mercado, evitando estoques excessivos e obsolescência de produtos; isso ajuda a otimizar o fluxo de caixa e reduzir os custos associados ao armazenamento e gerenciamento de inventário.

Ao reduzir os custos de produção, minimizar o desperdício de matéria-prima, melhorar a qualidade dos produtos finais e aumentar a flexibilidade operacional, as enzimas se tornam uma ferramenta essencial para os fabricantes que buscam melhorar sua competitividade e rentabilidade no mercado.




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