Page 65 - Aditivos | Ingredientes Ed. 157
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 a degradação pelo organismo das macromoléculas nutritivas, com liberação de energia) dos macro- nutrientes ingeridos com a dieta, ou das substâncias de reserva de- positadas. Quanto maior a atividade realizada, maior o catabolismo. O gasto energético diário, que condiciona as necessidades caló- ricas do organismo, é atribuído a três componentes fundamentais, distribuídos da seguinte forma: 25% atividade física, 10% ação termogênica dos alimentos e 60% a 65% metabolismo basal. O gasto metabólico basal ou taxa metabóli- ca basal inclui a energia necessária para manter as funções vitais do or- ganismo em condições de repouso (circulação sanguínea, respiração, digestão, etc.). A taxa metabólica em repouso representa a energia gasta em condições de descan- so e em temperatura ambiente moderada. A taxa metabólica basal e o gasto metabólico em repouso são termos usados indistintamente, em- bora haja uma pequena diferença entre eles. A taxa metabólica basal é o gasto metabólico em condições de repouso e ambientais muito específicos. Na prática, a taxa me- tabólica basal e o gasto metabólico em repouso diferem em menos de 10%, portanto, ambos os termos podem ser intercambiáveis. A termogênese induzida pela dieta, ou pós-prandial, é a ener- gia necessária para realizar os processos de digestão, absorção e metabolismo dos componentes da dieta após o consumo de alimentos em uma refeição (secreção de en- zimas digestivas, transporte ativo de nutrientes, formação de tecidos corporais, gordura armazenada, glicogênio, proteína, etc.). Pode ser entre 10% e 15% das necessi- dades de energia, dependendo das características da dieta. É também chamada de efeito termogênico da dieta ou dos alimento ou ação dinâmica específica dos alimentos. Um fator considerado o mais importante na modificação do gasto de energia, é o tipo, duração e intensidade da atividade física de- senvolvida. A energia gasta ao longo do dia para realizar atividade física é, em alguns indivíduos, a que gera as maiores diferenças. Estudos mostraram que as dife- renças nas necessidades diárias de energia entre atletas depende do volume ou da quantidade total do treinamento e do gasto energético específico de suas rotinas física e diária. A adequada ingestão ener- gética diária para um atleta é a que mantém um peso corporal adequado para um ótimo desempenho e a que maximiza os efeitos do treinamento. Teoricamente, é possível considerar diretrizes gerais de fornecimento de aporte calórico necessário em fun- ção do tipo de atividade realizada e do tempo dedicado à realização da atividade. Na prática, é impor- tante destacar que a quantidade de energia gasta depende, em grande parte, das características do próprio atleta (idade, sexo, peso, altura, estado nutricional e treinamento) e do tipo, frequência, intensidade e duração do exercício, bem como das condições ambientais em que são realizados. Portanto, cada atleta deve ajustar o seu aporte de ener- gia, aumentando ou diminuindo as quantidades ingeridas de acordo com suas necessidades individuais. Para uma alimentação e suple- mentação adequadas, é importan- te que os praticantes de esporte adaptem seus hábitos alimentares e conheçam a forma com que os nutrientes são fornecidos ao orga- nismo para a fisiologia do exercício. NUTRIENTES BÁSICOS O gasto energético deve cobrir o gasto calórico e permitir que o atleta mantenha uma condição física ideal para o esporte que pra- tica. O exercício físico aumenta as necessidades de energia e de alguns nutrientes, o que torna essencial seguir uma diretriz dietética que ga- ranta a cobertura de todas as neces- ALIMENTAÇÃO ESPORTIVA           65  ADITIVOS | INGREDIENTES 


































































































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