A Danone lançou um comunicado oficial em resposta a um boicote promovido por políticos e empresários do agronegócio, que surgiu após informações equivocadas sobre a suspensão da importação de soja brasileira. A direção da empresa no Brasil reafirmou que continua a adquirir soja nacional e que a notícia sobre o corte nas importações é falsa.

Em sua declaração, a empresa de origem francesa negou que tenha encerrado suas compras de soja no Brasil, afirmando que “continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais”. A confusão teve início após comentários de Jurgen Esser, diretor financeiro da matriz da Danone, que, segundo a Reuters, mencionou que a companhia não compraria mais soja do Brasil por questões de sustentabilidade, o que gerou reações adversas.

A reação do setor agrícola foi rápida, com a Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e o Ministério da Agricultura chamando a suposta decisão de "discriminatória", "intempestiva" e "descabida". Ambas as entidades alertaram que a interrupção nas importações poderia resultar no aumento dos preços de alimentos básicos, afetando principalmente pequenos e médios agricultores brasileiros.

A Danone esclareceu que sua política de aquisição de insumos inclui rigorosos processos de rastreamento e certificação, evidenciando seu compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis na cadeia de suprimentos. A empresa enfatizou ainda a importância da soja brasileira em sua operação no país, destacando que a maior parte das aquisições é realizada através de uma central de compras que monitora a origem dos produtos para assegurar que sejam provenientes de áreas não desmatadas.