Danone acusa Lifeway de priorizar interesses pessoais de CEO
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A Danone acusou a Lifeway, fabricante de produtos lácteos, de permitir que sua CEO, Julie Smolyansky, estivesse envolvida em práticas que prejudicam o valor da empresa e os interesses dos acionistas. A alegação surgiu após a decisão da Lifeway de conceder ações adicionais à CEO, o que, segundo a Danone, reflete a tentativa do conselho da Lifeway de priorizar os interesses pessoais de Smolyansky em detrimento da empresa e dos demais acionistas.
Segundo a Danone, sob a liderança de Smolyansky, a Lifeway já desperdiçou milhões de dólares do dinheiro dos acionistas, incluindo gastos com a defesa jurídica de Smolyansky contra sua própria família, um pacote de compensação elevado para ela e um salário de seis dígitos pago ao seu marido, que ocupa o cargo de chefe de gabinete. Além disso, a Danone destacou que a concessão de novas ações à CEO ocorre após a Lifeway modificar o contrato de trabalho de Smolyansky, oferecendo-lhe uma rescisão vantajosa e outros benefícios que diluiriam ainda mais os interesses dos acionistas em caso de venda da empresa. A Danone classificou essa ação como parte de um programa de distribuição de valor destrutivo, que violaria o Acordo de Acionistas.
Em resposta, a Lifeway alegou que o acordo de acionistas com a Danone é inválido por violar a lei do estado de Illinois e que pretende tomar todas as medidas legais possíveis para anular o acordo. Por sua vez, a Danone argumenta que o contrato ainda está em vigor e pede à Lifeway que cancele a emissão das novas ações de forma "imprópria".
A Lifeway também comentou que está avaliando a proposta não solicitada da Danone de aquisição da empresa, com o objetivo de proteger os interesses da companhia e de seus acionistas. Em uma declaração, a Lifeway afirmou que rejeitou a oferta da Danone por considerar que ela subvalorizava a empresa, mas não se opõe a uma venda por um valor mais justo.