O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (ILC) do Rio Grande do Sul registrou um aumento de 2,1% em setembro, conforme divulgado pela Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Esse crescimento é impulsionado principalmente pelos elevados custos de concentrado, silagem e energia elétrica.

Este é o quinto mês consecutivo em que o ILC apresenta crescimento, revertendo a deflação de 0,9% observada em agosto. O índice considera uma cesta de produtos que compõem 80% dos custos de produção do leite cru. O relatório destaca também a alta de 7,7% no preço do milho e o aumento no custo da soja, fatores que contribuíram para o encarecimento da alimentação animal.

Apesar do aumento nos insumos, o impacto inflacionário foi amenizado pela queda de 2,9% nos preços dos fertilizantes, resultado da desvalorização do barril de petróleo. Entretanto, a energia elétrica continuou a trajetória de alta, com um aumento acumulado de 9,98% após sete aumentos consecutivos.

No acumulado do ano, o ILC permanece em deflação de 3,58%, seguindo a tendência do Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR), que também apresenta queda de 7,55% em 2024. No horizonte de 12 meses, o índice segue com deflação, apresentando uma redução de 1,83%.