Recentemente, os Estados Unidos deram um novo passo na promoção de escolhas alimentares saudáveis ao anunciar as diretrizes para a rotulagem de alimentos. A Food and Drug Administration (FDA) atualizou os critérios para o uso do termo “saudável” em embalagens, além de ter criado um símbolo que facilitará a identificação de produtos mais nutritivos.
As mudanças são as primeiras em 30 anos e refletem os avanços na ciência da nutrição com base nas Diretrizes Dietéticas para os Americanos. Segundo as novas regras, para que um alimento seja considerado saudável, ele deve obedecer a alguns critérios:
- Incluir pelo menos um grupo alimentar essencial, como frutas, vegetais, proteínas, laticínios ou grãos.
- Atender aos limites estabelecidos para gordura saturada, sódio e açúcares adicionados.
Com isso, alimentos como nozes, sementes, salmão e azeite de oliva poderão ser rotulados como “saudáveis”, enquanto produtos processados com altos níveis de açúcar ou sódio, como cereais adoçados, ficarão de fora.
A FDA também desenvolverá um símbolo específico para destacar alimentos que atendem aos novos critérios de saudabilidade. O objetivo é oferecer informações claras e acessíveis sobre nutrientes críticos, como sódio e gorduras saturadas, o que ajudará os consumidores a tomar decisões mais conscientes na hora de ir às compras. As novas regras podem incentivar os fabricantes a reformular produtos, reduzindo os níveis de açúcar e sódio em alimentos processados.
No Brasil, a experiência com a rotulagem frontal já demonstrou efeitos positivos nesse sentido. No entanto, a definição do que é “saudável” enfrenta críticas por não considerar a individualidade nutricional, que depende de condições médicas e preferências culturais. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adota uma estratégia diferente: a rotulagem frontal obrigatória sinaliza alimentos com altos teores de sódio, açúcares e gorduras saturadas por meio de alertas claros, como o símbolo da lupa, apenas alertando sobre os excessos.