EUA proíbem corante vermelho eritrosina em alimentos e medicamentos
Data de publicação: 20/01/2025
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A FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) anunciou a proibição da eritrosina, um corante vermelho utilizado em alimentos e medicamentos como bebidas, doces, balas, bolos e cerejas em conserva. A substância será retirada da lista de aditivos aprovados pela agência, e as empresas americanas terão até janeiro de 2027 para reformular seus produtos. Fabricantes de suplementos alimentares contarão com um ano adicional para se adequar à nova norma.
A eritrosina foi aprovada nos EUA, em 1907, e já havia sido proibida em cosméticos desde os anos 1980, após estudos indicarem que altas doses do corante causavam tumores em camundongos devido a um mecanismo hormonal específico desses animais. A decisão atual veio após décadas de pressão de grupos de defesa do consumidor e legisladores que apontavam potenciais riscos à saúde.
O que é a Eritrosina?
A eritrosina é um aditivo derivado do petróleo, cuja cor varia do rosa ao vermelho. Quando combinada com outros aditivos, pode gerar diferentes tonalidades. É utilizada em produtos como balas, doces e confeitos granulados, bolos, sobremesas congeladas e coberturas, cerejas em calda e medicamentos.
Ao nível global, o corante já é proibido ou restrito em países como Austrália, Japão e membros da União Europeia. Nos Estados Unidos, embora sua presença seja menos expressiva em alimentos e medicamentos em comparação a outros corantes, a substância ainda era usada especialmente no setor de confeitaria. No entanto, na Califórnia a eritrosina já estava proibida desde 2023.
No Brasil, a substância ainda é encontrada em alimentos como balas, gelatinas, confeitos e cerejas em calda. Por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não se manifestou sobre uma possível revisão da segurança do corante no mercado brasileiro.