O interesse por alternativas que minimizem os efeitos da poluição ambiental são crescentes e tornam-se cada vez mais necessárias, devido as recentes mudanças climáticas.
Os resíduos gerados durante o processamento do leite e derivados são altamente poluentes e o descarte inadequado, isto é, sem tratamentos adequados, causam poluição ambiental. Este impacto é gerado principalmente pela lactose - principal açúcar do leite -, o maior constituinte do processo de difícil degradação.
Uma forma das indústrias de laticínios reduzirem o descarte dos coprodutos da fabricação de derivados lácteos, como é o caso do soro de leite, é o aproveitamento em formulações alimentícias, devido as múltiplas funcionalidades e propriedades tecnológicas.
Atualmente, existem inúmeras versões de bebidas lácteas fermentadas, ou não, com propriedades probióticas e prebióticas, tendo como principal ingrediente o soro de leite. Além disso, o soro de leite em pó é uma opção sustentável que contribui para minimizar os efeitos do descarte no leito dos rios.
A separação por membranas e a secagem por atomização do soro de leite, permitem a obtenção de bebidas energéticas proteicas, concentrados proteicos, isolados proteicos e frações proteicas do soro isoladas.
Na fabricação da manteiga, utiliza-se o creme de leite oriundo do desnate/padronização do leite, ou o creme gerado pelo desnate do soro de leite. Dessa forma, surge o leitelho, definido como o coproduto da fabricação da manteiga e que contém uma mistura de componentes derivados do leite desnatado e membranas dos glóbulos de gordura do leite.
O sorvete com substituição total de leite desnatado por leitelho apresentou melhores características físico-químicas e sensoriais do que o sorvete convencional.
Nesse sentido, o soro de leite e o leitelho são coprodutos atuais e emergentes capazes de agregar valor às indústrias processadoras de alimentos, além de reduzir os impactos no meio ambiente.
Fonte: Milk Point