Os consumidores estão cada vez mais citando a redução de açúcar como uma das suas principais prioridades de saúde, especialmente quando se trata de controle de peso. De acordo com a pesquisa da Euromonitor, mais da metade (53%) dos consumidores pesquisados citaram “Consumir menos açúcar” como o seu método preferido de perda de peso.
De acordo com a empresa de inteligência de mercado global, esses resultados mostram que os consumidores estão optando por evitar o açúcar com o desejo de aumentar o bem-estar geral e por uma sensação de saudabilidade. Mais consumidores estão priorizando a ideia de se sentir bem por meio de uma abordagem proativa e de longo prazo.
Em termos de capturar essa legião crescente de consumidores preocupados com o açúcar, Maria Mascaraque, gerente da Euromonitor, observa que nem todos os adoçantes são vistos como iguais pelos consumidores. Quase um terço (31%) dos entrevistados disseram que procuram termos como "não contém adoçantes artificiais" nos ingredientes dos produtos e na rotulagem de informações nutricionais.
Então, como os consumidores se sentem em relação aos adoçantes de alta intensidade de fontes naturais, como a estévia e a fruta do monge? “Ao se discutir os adoçantes de alta intensidade na última década, é impossível ignorar a estévia, o que trouxe uma grande oportunidade devido a sua origem natural, em linha com a demanda por rótulos limpos e ingredientes naturais. No entanto, o uso de estévia e outros adoçantes naturais, da mesma forma que a inclusão de adoçantes artificiais de alta intensidade, também não é um fator impulsionador que leva os consumidores a fazer uma compra”, observou Mascaraque.
Segundo Mascaraque, embora os adoçantes naturais ainda sejam vistos como aceitáveis por muitos consumidores, o caminho ideal para os fabricantes é maximizar o apelo de seus produtos sem o uso de agentes adoçantes adicionais, dando origem a alegações de "sem adição de açúcar" em muitos produtos. "Os consumidores querem ter certeza de que a doçura é derivada de ingredientes intrínsecos tanto quanto possível, para que o posicionamento 'sem adição de açúcar' seja valorizado e cada vez mais adotado pelos fabricantes", acrescentou.
Para capturar essa grande mudança do consumidor, os fabricantes e proprietários de marcas devem procurar métodos diferentes para posicionar os seus produtos como tendo baixo teor de açúcar, mas somente se isso fizer sentido para o seu produto e marca. “À medida que um número crescente de consumidores renuncia ao açúcar, os fabricantes devem decidir se a redução do açúcar vale a pena, já que tais esforços de reformulação podem impactar negativamente a experiência sensorial do produto”, revelou Mascaraque, acrescentando que em reconhecimento as preocupações do consumidor com o açúcar, a prevalência de alegações como “sem adição de açúcar”, “sem açúcar” e “baixo teor de açúcar” tende a crescer à medida que os fabricantes buscam tranquilizar os consumidores e se diferenciar.
Fonte: Food Navigator