Não há dúvida de que estamos vendo um movimento de saúde em evolução; os consumidores estão se tornando cada vez mais conscientes e capacitados em relação à sua saúde física e mental. Como tal, estamos testemunhando uma demanda por alimentos funcionais, um conceito regulamentado pela primeira vez no Japão na década de 1980. Exemplos de alimentos funcionais incluem produtos formulados com minerais, vitaminas, ácidos graxos e fibras dietéticas, bem como alimentos fortificados com componentes bioativos da dieta, como antioxidantes e probióticos.
Em 2019, o mercado de alimentos funcionais foi avaliado em mais de US$ 177 milhões e está previsto chegar a US$ 267 milhões em 2027 em todo o mundo.
De acordo com o Dr. Jeffrey Blumberg, da Escola Friedman de Ciência e Política da Nutrição da Tufts University, os consumidores estão procurando por uma função, querem alimentos, bebidas e suplementos que tenham a capacidade de melhorar o seu humor e aumentar a sua imunidade, aguçar a sua cognição, ajudar em seu desempenho atlético ou melhorar a sua pele ou sono. “Também estamos vendo um impulso para alimentos como medicamento; produtos que podem reduzir o risco ou mesmo tratar doenças”, acrescentou.
Portanto, os consumidores querem função, benefícios do que estão consumindo, mas onde estamos em relação a realmente fornecê-los? Para o Dr. Blumberg, não é um pedido irracional; e existe alguma ciência convincente, mas ainda está nos estágios iniciais.
Muitos acadêmicos e organizações estão investigando essa área para fornecer evidências que apoiem as alegações de saúde para alimentos que contêm elementos funcionais e estão trabalhando com uma variedade de empresas de alimentos, organizações sem fins lucrativos e organizações de seguro saúde para melhor compreender e definir um conceito conhecido como “nutrição personalizada”.
Não se deve confundir com alimentos funcionais, mas os dois estão relacionados, pois os ingredientes funcionais, muitas vezes, fazem parte das recomendações para uma dieta personalizada.
A nutrição personalizada está enraizada no conceito de que um tamanho não serve para todos. “É uma abordagem que usa informações sobre características individuais para desenvolver aconselhamento nutricional direcionado, produtos ou serviços. As pessoas estão buscando aconselhamento nutricional, usando suplementos dietéticos ou solicitando kits de refeições sob medida com base em quem são - sua idade, sexo, atividade física, genoma, metaboloma, etc., não apenas para prevenir, controlar ou tratar doenças, mas para otimizar a saúde”, observou o Dr. Blumberg, apontando para dispositivos vestíveis que podem monitorar o sono, a frequência cardíaca, etc.
Segundo o Dr. Blumberg, essa tendência estimulou as empresas a inovar na área de nutrição personalizada, mas também destacou os desafios da verdadeira personalização, bem como a precisão e a privacidade de tais dispositivos.
“O futuro dos alimentos está mudando e à medida que o campo da nutrição personalizada cresce, precisaremos de mais especialistas que possam ajudar nesse sentido”, observou.
Fonte: New Food Magazine
