O Grupo Kerry divulgou o seu desempenho de negócios para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2020, com uma receita de € 7,0 bilhões (US$ 8,5 bilhões). Desde o início da pandemia da Covid-19, as refeições refrigeradas foram impactadas pela redução nas compras por impulso do consumidor, enquanto as refeições congeladas se beneficiaram no quarto trimestre. As refeições à base de vegetais tiveram um forte crescimento nas variedades refrigeradas e congeladas ao longo do ano, com uma série de lançamentos bem-sucedidos apoiando esse desempenho.
Edmond Scanlon, CEO da Kerry, destaca "distinções notáveis" no desempenho dos negócios em vários canais como um efeito indireto da Covid-19. “O forte crescimento sustentado foi alcançado no canal de varejo, principalmente por meio do crescimento da cozinha autêntica, ofertas à base de plantas e produtos de saúde e bem-estar. O desempenho em nosso canal de food service foi afetado de forma mais significativa no segundo trimestre, pois a introdução de restrições afetou as operações de nossos clientes”, destacou Scanlon.
Durante o ano, o Grupo concluiu três aquisições por um valor total de € 280 milhões (US$ 350 milhões). “Concluímos uma série de aquisições importantes alinhadas às nossas prioridades estratégicas de crescimento no ano e, desde então, anunciamos nossa intenção de adquirir a Biosearch Life, listada na Espanha”, detalha Scanlon.
A receita do Grupo Kerry apresentou uma redução relatada de 4,0%, com redução de volume geral de 2,9% no ano. Esse desempenho refletiu uma forte recuperação desde o início da pandemia, em abril de 2020, com um retorno ao crescimento de volume de 2,2% no quarto trimestre do ano.
A receita relatada do segmento de Taste & Nutrition da Kerry foi de € 5,8 bilhões (US$ 7 bilhões), refletindo uma redução relatada de 4,4%, principalmente devido a volumes mais baixos e moeda de conversão adversa, parcialmente compensada pela contribuição de aquisições de negócios.
O Consumer Foods registrou receita de € 1,3 bilhão (US$ 1,6 bilhão), refletindo uma diminuição de 2,1%, pois os volumes mais baixos devido à rescisão do contrato de refeições prontas relatadas anteriormente e um impacto adverso da moeda de conversão foram parcialmente compensados pelo aumento de preços.
As despesas de capital líquidas totalizaram € 311 milhões (US$ 377,8 milhões), abaixo dos € 315 milhões (US$ 382,7 milhões) em 2019; as despesas de P&D foram de € 282 milhões (US$ 342,6 milhões), ante € 291 milhões (US$ 353,5 milhões) ) em 2019.
O fluxo de caixa livre do Grupo de € 412 milhões (US $ 500,5 milhões) e a conversão de caixa de 67% no ano (2019: € 515 milhões, US$ 625,6 milhões / 74%) refletiram o impacto da Covid-19 e os investimentos para apoiar a progressão contínua do programa Kerry Connect nas unidades da empresa na América do Norte.
O Grupo Kerry reportou lucro comercial menor de € 797,2 milhões (US$ 968,6 milhões), de seu valor de 2019 de € 902,7 milhões (US$ 1 bilhão), devido ao impacto da Covid-19; o lucro básico por ação diminuiu 2,3%, para US$ 313,0 por cento (2019: US$ 320,4 por cento).
A receita da Kerry na região das Américas foi de € 3,1 bilhões (US$ 3,8 bilhões), refletindo uma redução relatada de 3,5%, com volumes de negócios menores de 2,5%, um impacto negativo da moeda de conversão de 3,0% e contribuição de aquisições de negócios de 1,9%.
A receita regional nas Américas foi liderada por "excelente desempenho", onde as tecnologias de aumento da imunidade, amplo portfólio de proteínas e extratos naturais foram implantados em uma série de lançamentos de bebidas nutricionais, com baixo sem álcool e de base vegetal.
Na América Latina, o canal de food service foi impactado no final do ano, mas se recuperou bem no quarto trimestre. O Brasil voltou a crescer liderado por bebidas e sorvetes, enquanto as condições de mercado no México e na América Central e Caribe permaneceram mais desafiadoras.
A receita na Europa foi de € 1,4 bilhão (US$ 1,7 bilhão), refletindo uma redução relatada de 5,6%, com volumes de negócios menores do que 5,0%. A melhoria da Kerry no canal de food service nessa região foi apoiada por uma série de lançamentos que incorporam o portfólio Radicle de tecnologias à base de plantas.
A receita na região da Ásia Pacífico, Oriente Médio e África foi de € 1,2 bilhão (US$ 1,5 bilhão), refletindo uma redução relatada de 5,2%, com volumes de negócios menores do que 1,9%. Os lácteos tiveram um forte crescimento, devido ao aumento da demanda na região por soluções de rótulos limpos, assim como os cárneos também apresentaram bom desempenho, particularmente no Oriente Médio.
Os snacks mais saudáveis com alegações nutricionais também tiveram forte desempenho na China, devido a crescente ênfase nas alegações de rótulos de ingredientes para crianças no mercado.
Fonte: Food Ingredients First
