A indústria de alimentos McCain, especializada na produção e comercialização de batata pré-frita congelada, fechou negócio para adquirir 49% do capital da Forno de Minas, líder de mercado no segmento de pão de queijo. Em nota, as duas companhias anunciaram a operação, que não teve valor revelado. Os outros 51% do capital permanecem nas mãos dos atuais gestores.
No comunicado, o CEO da Forno de Minas, Helder Mendonça, que pertence à família fundadora da companhia, avalia que há diversas oportunidades de trabalho conjunto tanto no mercado brasileiro quanto no exterior. “Estamos muito satisfeitos por fechar negócio com uma empresa que valoriza tanto quanto nós a qualidade dos produtos, a parceria com os clientes e a preferência dos consumidores”, diz.
Líder no mercado nacional, há pelo menos dois anos, a Forno de Minas vem colocando em prática um plano de expansão das vendas no mercado externo. Atualmente, a empresa manda seus produtos para pelo menos 15 países. No final de janeiro, registrou o embarque do primeiro contêiner com destino ao mercado chinês, para atender cafeterias, hotéis e restaurantes em Xangai.
Não é a primeira vez que a Forno de Minas têm um sócio externo. A empresa foi fundada em 1990, em Belo Horizonte (MG), a partir de uma receita caseira de pão de queijo. Em 1999, a família Mendonça vendeu o controle da companhia para uma empresa americana, readquirindo-o dez anos depois. Desta vez, os Mendonça seguem como majoritários.
O novo sócio da indústria mineira é uma multinacional de matriz no Canadá. Segundo o comunicado, a McCain está entre as líderes mundiais em diversos tipos de aperitivos e snacks, além de ser a maior fabricante global de batata pré-frita congelada. As vendas anuais são estimadas em 9 bilhões de dólares canadenses, o equivalente a R$ 22,76 bilhões.
O presidente regional da McCain, Paolo Picchi, acredita que as duas empresas têm estratégias complementares para seus produtos e que a união é oportunidade para crescer e se fortalecer. “Este acordo apresenta uma ótima oportunidade para ambas as empresas, que possuem marcas muito fortes no mercado brasileiro”, diz ele.