A conscientização sobre a saúde intestinal está aumentando à medida que os consumidores estão mais proativos com a sua saúde e com o aprendizado dos caminhos que levam a esse estado saudável. Isso está impulsionando a categoria de produtos de saúde intestinal e digestiva, criando um grande potencial comercial para marcas e seus formuladores.
Nesse universo, os prebióticos e probióticos são considerados os principais ingredientes ativos funcionais. Enquanto os probióticos se destacam no mercado há mais de uma década, os prebióticos entraram em cena há menos tempo, com a categoria de fibras prebióticas apresentando crescimento significativo.
A dúvida para os formuladores é qual deles tem mais potencial comercial para atender um mercado em rápida expansão? A responder para entender onde estão as oportunidades, é entender os pontos fortes de cada abordagem na cadeia de suprimentos e para os usuários finais.
De modo geral, tanto os prebióticos quanto os probióticos visam aumentar a proporção de bactérias benéficas no microbioma intestinal. Mas qual a viabilidade de cada um nas formulações para atingir esse objetivo?
Uma das maiores vantagens dos prebióticos sobre os probióticos é sua versatilidade de aplicação, em virtude de ser um substrato e não um organismo. Ingredientes prebióticos tendem a ser extremamente estáveis, podendo suportar ambientes quentes e ácidos, comumente usados nos processos de fabricação de alimentos nutracêuticos e funcionais. Além disso, sua estabilidade também oferece mais flexibilidade em termos de armazenamento e manuseio, desfrutando de uma vida útil mais longa do que seus equivalentes probióticos.
Já na formulação probiótica, uma grande desvantagem é que os microrganismos benéficos devem atingir o microbioma intestinal intactos para exercerem efeito positivo no hospedeiro, o que pode ser difícil de garantir por meio de processos de fabricação complexos e do sistema digestivo, adicionando limitações no processo de formulação.
Por outro lado, a fibra dietética prebiótica é um material, e não um organismo vivo. Não é perecível ou danificado a caminho do intestino, o que oferece um espectro muito mais amplo de possibilidades de formulação e aplicação, criando uma gama mais ampla de opções ao desenvolver novos produtos e enriquecer ou refinar os já existentes.
Há muitas opções diferentes se abrindo na formulação e reformulação. E, embora possa ser difícil fazer comparações diretas entre ingredientes prebióticos e probióticos, pois ambos agregam valor ao consumidor e têm um lugar definido no mercado, tanto os prebióticos quanto os probióticos apresentam grande potencial de vendas para as marcas e seus formuladores.
Para os que ainda tem dúvidas, uma opção pode estar na crescente categoria de simbióticos, que representam a combinação ideal dessas duas tecnologias, ou seja, combinam ingredientes ativos prebióticos e probióticos em um único produto.