A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou a revisão das referências científicas que embasaram a autorização do corante vermelho n.3 (eritrosina) no Brasil. A medida foi motivada pela decisão da FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, que recentemente proibiu o uso da substância devido a estudos indicando riscos de câncer em ratos machos.

Nos EUA, a simples evidência de riscos em animais é suficiente para restringir substâncias alimentares, mesmo que os impactos em humanos não estejam comprovados. Em nota, a Anvisa informou que irá analisar os dados científicos citados pela FDA para verificar se há justificativa para reavaliar a permissão do corante no Brasil. Apesar disso, a agência nacional ressaltou que não há novas evidências que levantem preocupações imediatas sobre o consumo humano.

Além do risco de câncer apontado nos estudos, especialistas destacam outros problemas relacionados ao uso de corantes artificiais, como reações alérgicas em indivíduos sensíveis e problemas como ansiedade e déficits de memória.