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Dreyfus e Cofco disputam 3º lugar entre exportadores de soja do Brasil

A Louis Dreyfus Company (LDC) e a Cofco fecharam 2018 praticamente empatadas na terceira posição entre as tradings que mais exportam soja do Brasil, após elevarem as vendas no ano, de acordo com dados da agência marítima Williams compilados pela Reuters, que apontam para Bunge e Cargill ainda isoladas nas primeiras posições.

Ao mesmo tempo, a Olam International viu seus embarques dispararem, ficando logo atrás da Archer Daniels Midland (ADM), em movimentações que sinalizam uma disputa benéfica aos produtores em um ano marcado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O Brasil, o maior exportador global de soja, embarcou um recorde de quase 84 milhões de toneladas do produto no ano passado, na esteira de uma safra também histórica de aproximadamente 120 milhões de toneladas.

Conforme os dados da Williams, a Dreyfus exportou 28,6 por cento mais soja do Brasil em 2018 ante 2017, com 10,98 milhões de toneladas, o que lhe rendeu a terceira colocação no ranking das tradings. Já a chinesa Cofco ficou bem perto, ao enviar ao exterior 10,96 milhões de toneladas, aumento de 17,8 por cento.

O resultado, ainda que por margem estreita, confirma reportagem da Reuters do mês passado que mostrava a Dreyfus retomando a terceira posição entre os maiores exportadores após a maturação de investimentos e um melhor relacionamento com sojicultores.

"Um fator importante é o tamanho da safra, que sempre influencia, mas não é ao acaso. Não estamos esperando a safra ficar grande para crescer. A Louis Dreyfus tem feito investimentos em infraestrutura ao longo dos anos", afirmou à época o diretor-executivo de Oleaginosas da empresa no Brasil, Luis Barbieri.

A Dreyfus havia ficado com a quinta colocação em 2017, quando o terceiro posto foi da Marubeni, com 9,95 milhões de toneladas, enquanto a Cofco apareceu naquele ano em quarto lugar, com 9,3 milhões de toneladas.

A segunda colocada Cargill, por sua vez, exportou 1,4 por cento mais de oleaginosa brasileira em 2018, com 12,15 milhões de toneladas, ao passo que a Bunge manteve a liderança nas vendas externas com folga, ao somar 17,7 milhões de toneladas (+9,2 por cento).

CHINA EM EVIDÊNCIA

Praticamente todos os exportadores de soja no Brasil tiraram proveito no ano passado do forte apetite da China, que taxou a oleaginosa dos Estados Unidos em meio à disputa comercial entre Pequim e Washington e precisou se voltar ao produto sul-americano para suprir a demanda interna.

Em dezembro, a Olam já havia dito que seu desempenho devia-se ao "aumento do fluxo de comércio de soja do Brasil para a China". No fechado do ano, suas exportações saltaram 225,4 por cento, para 6,65 milhões de toneladas, conforme os dados da Williams compilados pela Reuters.

Tanto Olam quanto Dreyfus disseram não ter comentários adicionais sobre o tema.

Já as exportações da ADM cresceram 7,5 por cento, para 8,56 milhões de toneladas.

Para o diretor de Grãos da ADM, Luciano Souza, esse crescimento "aconteceu devido às melhorias em nossa eficiência e produtividade nas áreas de originação, contato com produtores, clientes e investimento na cadeia logística".

"Em originação, ampliamos nosso programa de compras de grãos, fornecimento de insumos e uma maior proximidade com nossos fornecedores... Na área logística, o desempenho dos Portos de Barcarena (PA) e Santos (SP) foi aumentado, graças aos investimentos de modernização", destacou Souza à Reuters por e-mail, citando ainda a compra pela ADM de ativos de esmagamento de soja da Algar Agro.

Sobre a disputa entre EUA e China, ele disse que a empresa já havia ampliado a comercialização de insumos (fertilizantes e agroquímicos), o programa de compras antecipadas e os investimentos em terminais próprios e de terceiros. "A combinação dessas iniciativas nos propiciou atender de forma imediata à maior demanda chinesa."

Também procuradas, Bunge e Cargill não comentaram seus respectivos desempenhos em 2018.

PRODUTORES

Para sojicultores, a disputa acirrada entre as tradings gera benefícios, ao favorecer a competitividade.

"Temos um mercado aberto, os nossos preços não são definidos aqui. Quanto mais você tiver quem liquida essa soja com mais rapidez, com melhor competitividade, isso traz um benefício ao produtor e principalmente nas negociações futuras", avaliou o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.

"A importância disso é muito grande... O Brasil não tem crédito, então é necessário esse mercado forte para que o produtor possa ter a opção de contar com esse recurso externo", acrescentou, referindo-se à atuação das tradings.

Para o produtor Elso Pozzobon, que cultiva soja em Sorriso (MT), a "briga" entre tradings é positiva. "É importante, nós vivemos de um mercado aquecido, são eles (tradings) que fazem os preços para nós... Evidente que se houver disputa entre eles, haverá um repasse para nós."

Entretanto, ele avaliou que "ainda há poucos players no mercado". "São quatro ou cinco multinacionais."

O comércio global de grãos é amplamente dominado pelas tradings do chamado ABCD, composto por ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus. Nos últimos anos, também ganhou relevância a chinesa Cofco.




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