111 anos de história, consolidada no mercado e com uma linha de produtos de sucesso. Com esse perfil, muitas empresas estariam acomodadas, mas não foi esse o pensamento da paranaense Cini Bebidas, a fábrica de refrigerantes mais antiga do Brasil, que buscava aumentar sua participação no mercado nacional quando lançou, no final de 2015, sua primeira linha de latas.
Com uma produção mensal que supera os 6 milhões de litros, a Cini Bebidas trabalha com mais de 50 produtos em sua linha, distribuídos em carbonatados e não carbonatados como água, sucos e chás. Para o projeto das latas, lançadas em versões de 269 ml, a Cini apostou em três grandes sucessos de sua linha, antes disponibilizadas em garrafas de plástico e de vidro, bebidas que contribuíram para a consolidação da empresa no segmento e que carregam toda a sua tradição: Cini Gengibirra, Cini Framboesa e Cini Citrus.
De acordo com Fábio Holmes Cabral, diretor comercial da Cini, a empresa vislumbra ótimos resultados em curto e médio prazo a partir de diversas inovações. “Além dos novos produtos, estamos investindo de forma intensiva na capacitação e desenvolvimento dos nossos colaboradores e preparando grandes novidades para os consumidores paranaenses. Com esses pilares continuaremos navegando firme em meio a crise do mercado brasileiro. Inovação e desenvolvimento humano é a formula do sucesso para a nova gestão", detalha Cabral.
Inovar é crescer
De acordo com o professor do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), Rafael de Tarso Schroeder, especialista em Sustentabilidade, empreendedorismo e inovação, ações como a da Cini Bebidas reforçam a teoria de que inovar é a melhor maneira de crescer e se manter no mercado, mas ele destaca: inovar é correr riscos. “Todo empreendedor deve entender dois pontos principais quando está à frente de um negócio: o cliente e o mercado. Modificar a forma de fazer negócios é um aspecto fundamental e que deve ser levado em conta quando o assunto é inovar. Não estamos falando aqui que as empresas precisam radicalizar, mas devem levar em conta o mercado em que atuam e o consumidor que atendem”, diz Schroeder.
Para o especialista, toda inovação requer cautela, porém, detalhes simples podem fazer a diferença na hora de dar novos ares aos negócios. “O medo é um fator sempre presente para quem está acostumado a fazer as coisas sempre do mesmo jeito, mas toda inovação requer uma parcela de risco. Inovação e criatividade estão intimamente ligadas, portanto, muitas vezes, mudar a maneira como os negócios estão sendo conduzidos, mudar uma embalagem, dar um novo nome a um produto pode fazer a diferença. Além disso, rever preço e margem de lucro devem ser considerados, principalmente quando se trata de produtos que estão há muito tempo no mercado”, completa.