Page 20 - Aditivos | Ingredientes - Ed.175
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NOVIDADES DO SETOR MERCADO DE CARNES À BASE DE PLANTAS É AVALIADO EM US$ 20,7 BILHÕES A demanda por carnes à base de plantas cresceu e continuará crescen- do. O mercado de alternativas vegetais à carne encerrou 2020 avaliado em US$ 20,7 bilhões e deve crescer para US$ 23,2 bilhões até 2024, de acordo com os dados da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor. O crescimento, que disparou em 2019, agora é estimulado por preocupações que vão desde o bem- estar animal até a segurança alimentar, protagonizado pela pandemia da Covid-19. Esta última, mostrou que uma pandemia sem cura obriga os consumidores a pensar em como se alimentar melhor e aumentar a sua imunidade. Agora, mais produtos alternativos à base de vegetais estão aparecendo nas prateleiras dos su- permercados em todo o mundo. Em um cenário onde as motivações para escolhas mais saudáveis e sustentáveis estão em alta, assim como a inovação para o desenvolvimento de alternativas alimentares vegetais mais saborosas, podemos estar diante de um ponto de inflexão. O impacto negativo do consumo massivo de carne animal para a saúde dos indivíduos e do planeta está cada vez mais claro. À medida que mais e mais pessoas tomam consciência do poder de suas escolhas para o seu próprio bem-estar e para o futuro do planeta, as mudanças se acentuam. Dentre os principais desafios para a expansão global do mercado de carnes à base de plantas estão: barreiras culturais; objeções da indústria da carne; e preço/disponibilidade dos produtos para o consumidor. De acordo com um levantamento da Organiza- ção para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de carne bovina do planeta. Apesar de todo o peso cultural que induz o consumo de carnes de animais, há mudanças em curso. De acordo com uma pesquisa feita pelo The Good Food Institute Brasil (GFI) e Ibope, metade dos brasileiros reduziu o consumo de carnes em 2020. O resultado aponta que as barreiras culturais vêm sendo trans- postas e o mercado de proteínas à base de plantas vem ganhando mais aderência no país. No que se refere a objeções da indústria da carne, o cenário brasileiro segue a tendência dos Estados Unidos e da Europa e giram em torno da rotulagem de produtos. O uso de termos como “carne” e “leite” tem aquecidos os debates entre os legisladores. Recentemente, o Parlamento Europeu votou contra uma moção que proibiria produtos alimentares à base de plantas e sem carne de terem nomes associados à carne. No entanto, as designações similares de produtos não lácteos à base de vegetais, como “queijo” ou “leite”, permanecem proibidas. GELITA ADQUIRE PARTICIPAÇÃO MAJORITÁRIA EM EMPRESA DE GELATINA NA TURQUIA A Gelita AG adquiriu 65% das ações da empresa de gelatina SelJel. Com essa joint venture, a Gelita fortalece ainda mais a sua posição como líder global do setor. Os 35% restantes das ações permanecem com a família fundadora. Com aproximadamente 6.500 toneladas de gelatina para os segmentos de alimentos, farmacêutico e técnico, a SelJel é a primeira produtora turca fornecendo para o mercado local e atendendo clientes interna- cionais. De acordo com a Gelita, todos os produtos da SelJel têm certificação Halal, o que ajuda a atender à crescente demanda por esses produtos.Além disso a joint venture impulsionará ainda mais a estratégia global da Gelita, agora com 23 locais em todo o mundo.A joint venture faz parte da estratégia de crescimento da Gelita para atender a demanda crescente por gelatina e, em particular, por gelatina bovina Halal, um requisito importante não apenas nos países Islâmicos, mas também em grande parte da Ásia, o que permite à Gelita ampliar a sua participação de mercado nessa região em crescimento. 20 ADITIVOS | INGREDIENTES