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ENTREVISTA Com a pandemia de coronavírus e o crescente número de casos de Covid-19 registrados no Brasil e no mundo, o sistema imunológico se tornou o centro das atenções. Como os suplementos alimentares podem ajudar na manutenção da saúde e do sistema imunológico? A alimentação natural, desde que bem cultivada e com o prato bem colorido, é bem importante para que possamos ter uma saúde muito melhor. Nossos antepassados tinham uma saú- de melhor em função de uma nutrição melhor. Não tinham problemas como sobrepeso, porque faziam mais ativida- de física. O principal alimento que tra- balha nossa imunidade é o alimento das proteínas, ou seja, carne, ovos e leite. Principalmente as proteínas do leite é que possuem as imunoglobulinas que impactam diretamente no sistema imu- ne; então, quem consegue consumir mais proteína, tem mais imunidade. O segundo grupo de micronutrien- tes são as vitaminas, principalmente a vitamina C em conjunto com a vitamina D. Se falou muito durante o crescimento da pandemia mundial que nos países de clima quente o vírus seria menos nocivo. O fato é que países com clima mais tropical ativam naturalmente a vitamina D, principal- mente na população mais pobre, que fica mais exposta ao sol. Essa vitamina é um dos principais coadjuvantes no tratamento do coronavírus e, nos países em que a população fica mais exposta, existe essa imunidade inata, que é a dos bebês quando estão em formação. Outro micronutriente muito importante é o zinco e um aminoácido chamado glutamina, que é fartamente utilizado nos hospitais no tratamento de queimados e auxilia também nos linfócitos, nos glóbulos brancos, para o aumento da imunidade. Esses são os principais no combate ao vírus e no aumento da saúde. Pessoas com mais de 60 anos são consideradas o maior grupo de risco de contágio pelo Covid-19. Quais suplementos podem ajudar a melhorar a sua imunidade? Acredito que a população idosa deveria ser a maior beneficiada com a suplementação. Há particularidades desta faixa etária, como a sarcopenia (processo natural e progressivo de perda de massa muscular e força, característi- co do envelhecimento), e a dificuldade de manter as necessidades energéticas, proteicas e de micronutrientes, com a perda do paladar e apetite característico dessa faixa etária. Temos disponível no mercado suplementos que combinam carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais que atendem as necessidades e superam tais dificuldades. Suplementos saborosos que podem complementar a alimentação dessa população sem necessitar de grandes volumes. Entre eles, estão a proteína do soro do leite, devido as imunoglobulinas presentes naturalmente em sua composição; o aminoácido L-Glutamina, reconhecido como substrato energético para células imunes; a vitamina C, que contribui para a defesa imunológica, apoiando várias funções celulares do sistema imunológico inato e adaptativo, inclu- sive, com um estudo afirmando que a vitamina C suporta a função de barreira epitelial contra patógenos e promove a atividade de eliminação de oxidantes da pele; e a vitamina D, que desempenha um papel principal na homeostase e metabolismo do cálcio e regula a função das células, com evidências de associa- ções entre deficiência de vitamina D e função imune prejudicada e aumento do risco de infecções. A vitamina D e seus metabólitos estão ativamente envolvi- dos na regulação das respostas imunes inatas e adaptativas. O zinco também é essencial para a função do sistema imunológico. Os íons de zinco estão envolvidos na regulação das vias de sinalização intracelular nas células imunes inatas e adaptativas. O corpo humano não pode armaze- nar reservas de zinco, portanto, uma deficiência pode surgir relativamente rápido, por exemplo, através de uma dieta inadequada. Existe diferença para ingestão de suplementos alimentares de acordo com o ciclo de vida? Quais os indicados para cada faixa etária? Os idosos têm um problema natural chamado sarcopenia, que é a perda de massa magra, e ao final da vida, todos nós temos que, pelo menos, nos levantar sozinhos, e precisamos ter massa muscular; com essa perda natural, alguns produtos são muito interessantes. Alimentos como o whey protein melhoram a construção dessa massa muscular, fazendo com que a sarcopenia seja mais lenta; sem falar que o idoso não tem mais aquele apeti- te para comer carne, ovos e leite em grande quantidade. Outros produtos são vitaminas C e D e minerais. Nas outras faixas etárias, como comentei antes, depende das necessidades e atividades de cada indivíduo. Normalmente, quais são as causas da baixa imunidade no organismo e quais as recomendações para manter e/ou melhorar o sistema imunológico? As causas são individuais e o ideal é uma avaliação individual através de exames físicos, clínicos e até anamneses para fechamento do diagnóstico. O que se encontra como causa comum, na maioria dos diagnósticos, é a má alimen- tação, a deficiência de nutrientes, seja pela falta de ingestão, seja pela falta de reposição das necessidades individuais. Há ainda situações específicas e agudas que necessitam de atenção à reposição de nutrientes, como atividade física in- tensa, por exemplo. Além da má alimen- tação, pode-se citar também variações hormonais, entre outras. Para a manutenção do funcionamen- to imune, uma boa alimentação e garan- tir a ingestão de nutrientes adequados, seja por alimentação ou suplementação (quando necessário), é imprescindível. “Suplementos são alimentos que servem para complementar a dieta diária de uma pessoa saudável, nos casos em que a ingestão desses nutrientes, a partir da alimentação, seja insuficiente”. 10 ADITIVOS | INGREDIENTES