Pesquisa e tecnologia são trunfos para a produção de café de qualidade
O avanço em pesquisa e tecnologia foi responsável pela condução da cafeicultura brasileira ao posto de mais sustentável e competitiva do mundo. Esse status só conseguirá se manter com um programa de pesquisa ativo, fortalecido e dinâmico. Observando esses princípios, o Conselho Nacional do Café (CNC) tem participado de várias discussões sobre o essencial investimento em pesquisa, aumentando, assim, a produtividade, com foco na qualidade, bem como baixar custos, sendo esse o caminho a ser adotado como representantes da produção brasileira de café.
A pesquisa e a tecnologia podem melhorar a produtividade, o acesso a financiamento, abrir leques de serviços de extensão e criar políticas facilitadoras. Para o presidente do Conselho Nacional do Café essas são algumas das soluções para garantir um futuro sustentável para os cafeicultores - e para o setor cafeeiro em geral.
Para que produtores de café sejam mais produtivos e com maior lucratividade, as empresas públicas e privadas devem fornecer ainda mais acesso a novas pesquisas, melhores insumos, melhores opções de crédito, facilitação de contratação de seguros rurais e mais apoio ao marketing direto. Para isso, os esforços precisam ser conjuntos entre produtores, torrefadores, varejistas e comerciantes. A cooperação, sem dúvida, irá contribuir para que surjam novas estratégias de negócios, bons relacionamentos de longo prazo com contratos fixos, que podem sustentar o aumento da viabilidade e resiliência do produtor.
Em análise detida podemos considerar que o Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas de café, sendo a base de todo o trabalho a constante preocupação com a qualidade. Avanços significativos da cafeicultura brasileira estão relacionados a expressivos investimentos em pesquisa, como melhoramento genético, controle de pragas, biotecnologia, nutrição e fertilidade de solos, tecnologias pós-colheita, entre outros projetos.
Organizações locais de pesquisa agrícola, como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no Brasil e o Cenicafé (Centro Nacional de Investigaciones de Café), na Colômbia, além de organizações internacionais, incluindo a World Coffee Research, estão tentando criar variedades modernas de cafés. Essas variedades visam maior produtividade, melhores perfis de xícara e, acima de tudo, resiliência climática. Visam maximizar a renda de cada agricultor e assegurar o desenvolvimento sustentável do setor cafeeiro. Por exemplo, a cafeicultura nacional se desenvolveu por meio da profissionalização das práticas agrícolas para maior produção e melhor eficiência.
A integração de tecnologias mais eficientes e adequadas (em termos de tamanho de fazenda e topografia) pode ajudar a maximizar a produção a um custo mínimo para um melhor lucro. A produtividade no Brasil quadruplicou, de oito para 32 sacas/hectare em cerca de 20 anos, graças ao trabalho do Consórcio Pesquisa Café da Embrapa.
Muito em voga, a transformação tecnológica digital em todo o setor agrícola (também conhecido como agricultura 4.0 ou agricultura inteligente) foi igualmente fundamental para tornar a produção mais eficiente. Essas tecnologias de informação e dados otimizam sistemas agrícolas complexos; ajudam os agricultores a tomar decisões mais bem informados com base em dados concretos.
Alguns desses métodos agrícolas estão sendo implantados na produção cafeeira, sendo testados em países produtores de café de tamanho e estrutura semelhantes. Os países produtores são compostos por milhares de pequenas fazendas e, com uma topografia montanhosa complicada, muitas vezes exigem outras soluções feitas sob medida para melhorar a produtividade e a eficiência.
Fonte: ForCafé



























