A Sooro Renner, produtora de proteínas derivadas do soro de leite, inaugurou uma nova planta industrial em Marechal Cândido Rondon, no Oeste paranaense.
A planta, que teve investimentos privados na ordem de R$ 120 milhões para sua construção, é destinada à produção de permeado non caking, um tipo de proteína extraída do soro de leite que é utilizado como insumo para a indústria de alimentos. O novo espaço tem mais de oito mil metros quadrados de área, aumentando a capacidade de produção e estoque da empresa em mais de 100 toneladas por dia, chegando a 220 toneladas por dia. Com isso, a fábrica se solidifica como a maior planta em capacidade de produção para o permeado non caking na América Latina.
A empresa foi criada em Marechal Cândido Rondon há 20 anos de forma pioneira no tratamento do soro de leite, um subproduto da fabricação de queijos que, no passado, era majoritariamente descartado. O permeado de soro é um dos derivados. Rico em lactose, é muito usado em achocolatados, sorvetes, na alimentação animal e outros alimentos. Já a característica de non caking garante que o produto não empedre quando entra em contato com umidade, agregando valor à indústria.
William da Silva, diretor-presidente da Sooro Renner, destacou que o Grupo recebe, hoje, cerca de 3,5 milhões de litros de soro por dia vindo da indústria de laticínios e que essa quantidade gera de R$ 16 milhões a R$ 18 milhões em receita por mês. “Transformamos o soro em novos produtos por meio de um processo que não é simplesmente uma secagem: abrimos o soro de leite por meio de tecnologias de membranas e geramos produtos ricos em lactose, em proteína, entre outros. E, com a nova fábrica, passamos a ser o maior da América do Sul, decorrente desse longo processo de investimentos na área”, ressaltou.
Para a produção do permeado non caking, a nova planta industrial foi equipada com evaporadores, cristalizadores, spray dryer, sistema robótico de envase e paletização e docas de carregamentos para dar escoamento aos novos volumes de produção.
Outros R$ 25 milhões também foram investidos na modernização da torre de secagem, na instalação de um novo sistema de membranas de ultrafiltração em um novo evaporador. A empresa ainda aporta R$ 12 milhões na instalação de uma terceira caldeira, que vai ampliar a capacidade de produção dos subprodutos a vapor.
Junto da instalação das novas plantas, a Sooro Renner também mantém um plano de mitigação de riscos ambientais para a região. Atualmente, mais de R$ 15 milhões estão sendo investidos em uma nova estação de tratamento de efluentes e sistemas de polimento de água extraída do próprio soro, etapa que faz parte do processo da produção. O sistema vai ampliar a capacidade de reutilização de água da planta de Marechal Cândido Rondon de 40% para 85%.
A inauguração da nova planta industrial contou com a presença dos secretários estaduais da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto; de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; e do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, João Carlos Ortega; o diretor-geral do DER/PR, Fernando Furiatti; Éder Eduardo Bublitz, diretor-presidente da Ceasa Paraná; os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do governo na Assembleia Legislativa), Élio Rush e Ademir Bier; e outras autoridades regionais.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná