A pesquisa da DuPont Nutrition & Biosciences revela um aumento significativo na demanda por alternativas à base de carne vegetal nos principais mercados da Ásia-Pacífico (APAC). Em particular, a demanda por carne vegetal na China e na Tailândia deve aumentar 200% nos próximos cinco anos, impulsionada pelos valores do consumidor em relação à saúde, sabor e sustentabilidade.

Essa tendência é replicada de forma mais ampla em toda a região Ásia-Pacífico, com um aumento esperado de 25% no tamanho do mercado para alternativas de carne à base de vegetais - para US$ 1,7 bilhão - nos próximos cinco anos.

Na China, as carnes à base de vegetais estão cada vez mais na moda, apoiadas por endossos de celebridades e links para saúde e sustentabilidade, áreas de crescente preocupação para os consumidores. Na Tailândia, os consumidores estão procurando principalmente por ofertas de carne à base de vegetais que satisfaçam o equilíbrio ideal de sabor, nutrição e conveniência. Já o Vietnã é apontado como uma região que requer mais educação do consumidor para uma maior conscientização sobre os benefícios e disponibilidade de alternativas de carne.

“Estamos prestes a ver um aumento dramático na demanda por alternativas vegetais à carne, que as empresas de alimentos precisam começar a se preparar agora. Nossa linha Danisco Planit é uma combinação de oferta integrada de ingredientes, experiência e serviços, todos agrupados em um pacote para capitalizar nesse mercado em crescimento”, disse Michelle Lee, líder regional de marketing, APAC, da DuPont Nutrition & Biosciences.

A Ásia-Pacífico abriga 4,3 bilhões de pessoas, representando 60% da população mundial, com mais de um terço (36%) da população já consumindo dietas com pouca ou nenhuma carne, de acordo com o estudo da DuPont.

Em 2020, o valor da carne de origem vegetal foi projetado para aumentar em 7,4%, em comparação com o ano anterior. À medida que as prioridades dos consumidores mudam em direção à saúde e sustentabilidade, essa tendência de aumento deve continuar.

O estudo da DuPont e da IPSOS também revelou que 75% dos consumidores da Ásia-Pacífico estão dispostos a pagar um preço semelhante à carne por alternativas vegetais; 83% consideram a proteína o ingrediente mais importante e 78% dos consumidores nessa região acreditam que as alternativas à base de carne vegetal vieram para ficar e que o consumo de produtos vegetais continuará a crescer no futuro.

Com essas tendências definidas na Ásia, gigantes da indústria, incluindo Bühler e Tyson Foods, tomaram medidas para participarem dos setores de agricultura celular e vegetal da Ásia, entre os desenvolvimentos recentes.

No verão passado, a Yum China Holdings fez parceria com a Beyond Meat para apresentar o Beyond Burger como uma oferta por tempo limitado em locais selecionados da KFC, Pizza Hut e Taco Bell na China continental.

Em ações semelhantes, a KFC testou nuggets de frango à base de vegetais em lojas selecionadas nas cidades chinesas de Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, enquanto a Beyond Meat, por meio de uma parceria com a Starbucks, lançou os seus análogos de carne à base de vegetais em todo o país.

Conforme as tendências à base de plantas atingem o status de fenômeno global, o relatório das 10 principais tendências da Innova Market Insights observou uma renovação da "Tendência de revolução baseada em plantas" de 2020. Como uma progressão natural, o tema “Plant-Forward” de 2021 destaca a expansão para diferentes regiões e categorias.

O uso de proteínas alternativas apresenta crescimento de 1,9% ano a ano na comparação entre os lançamentos de 2019 e 2018, de acordo com a Innova Market Insights.

Em 2019, as principais categorias de lançamentos de produtos globais monitorados com proteínas alternativas foram Panificados (27%), Carne, Peixe e Ovos (15%) e Refeições Prontas (14%), com o glúten de trigo sendo o ingrediente principal entre as proteínas alternativas rastreadas.

Os principais posicionamentos de lançamentos de produtos globais rastreados com proteínas alternativas em 2019 foram “Alta/Fonte de Proteína” (24%), “Sem Aditivos/Conservantes” (17%) e “Sem Glúten” (14%).

Fonte: Food Ingredients First