A ingestão de cálcio, seja por meio de dieta ou suplementação, tem sido historicamente associada à saúde óssea. No entanto, um estudo de 1966 é considerado a primeira identificação de um "paradoxo do cálcio", que desde então, tem sido assunto de interesse e pesquisa. O paradoxo do cálcio envolve o deslocamento do cálcio nas paredes dos vasos sanguíneos com uma redução simultânea da deposição de cálcio nos ossos. Esses eventos podem ter consequências clínicas, afetando áreas como os sistemas cardiovascular e musculoesquelético.

A osteocalcina e a proteína Gla da matriz (MGP) são duas proteínas que podem anular esses efeitos indesejáveis. A osteocalcina é secretada pelos osteoblastos - as células responsáveis pela formação óssea - e promove a formação dos componentes essenciais do osso para garantir rigidez e resistência. A MGP é um potente inibidor da calcificação vascular.

A vitamina D₃, um nutriente bem conhecido por seu papel na saúde óssea, aumenta a produção de osteocalcina inativa e MGP. No entanto, igualmente importante é a vitamina K₂, necessária para ativar as proteínas e, ao fazê-lo, desempenha um papel fundamental em mover o cálcio para os ossos e removê-lo dos vasos sanguíneos.

Vários estudos clínicos demonstraram que a combinação das vitaminas D₃ e K₂ é mais eficaz na prevenção da perda óssea do que qualquer um dos nutrientes isoladamente. Um estudo investigou o efeito terapêutico da suplementação de vitamina D₃ sozinha, vitamina K₂ sozinha e ambas combinadas na densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa. O estudo de dois anos, com 172 indivíduos, descobriu que a terapia combinada aumentou significativamente a densidade mineral óssea, em comparação com qualquer das vitaminas sozinhas. O estudo também revelou estimulação da formação óssea e atividade de reabsorção.

Fonte: Natural Products Insider