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Magnésio como adjuvante no tratamento da asma adulta e infantil

Entre os dias 28 de junho a 4 de julho de 2020 ocorre a Semana Mundial da Alergia. Neste ano, a Organização Mundial da Alergia anunciou o tema “Os cuidados com as alergias não param com a COVID-19”.

As doenças alérgicas vêm aumentando no mundo todo. Estima-se que a prevalência de alergias em diferentes países varie de 10% a 40%. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), aproximadamente 30% dos brasileiros têm algum tipo de alergia, dos quais 20% são crianças.

A asma está entre as doenças alérgicas respiratórias mais comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 300 milhões de pessoas no mundo têm asma, número que pode chegar a 400 milhões em 2025. Por ano, ocorrem aproximadamente 250.000 mortes por asma, em sua maioria evitáveis.

Apesar da asma não ser um fator de risco para contrair a COVID-19, ela pode ser tornar um fator complicador desta infecção viral. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), pessoas com asma podem estar em maior risco de desenvolverem quadros mais graves da COVID-19, associados com maiores complicações respiratórias.

É de extrema importância continuar seguindo as orientações médicas em relação ao tratamento farmacológico da asma e de outras doenças alérgicas durante a pandemia, que pode incluir o uso de antialérgicos e medicamentos inalados contendo corticosteroides. Além dos tratamentos convencionais, a suplementação nutricional com magnésio pode ser uma importante aliada no combate à asma. De fato, dados epidemiológicos mostraram que o baixo consumo de magnésio na dieta pode estar relacionado à maior incidência e progressão da asma.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) investigaram o efeito a longo prazo da suplementação oral de magnésio em 37 crianças e adolescentes com asma moderada persistente, recrutados no Ambulatório de Pediatria do Hospital da Unicamp. Os pacientes asmáticos foram divididos em 2 grupos: um recebeu suplementação de magnésio (300 mg por dia) e o outro placebo durante 2 meses, além da medicação convencional para asma (fluticasona e salbutamol) conforme a necessidade. Ao fim do estudo, observou-se que os participantes suplementados com magnésio apresentaram um melhor controle dos sintomas da asma, acompanhado pela redução significativa nos episódios de exacerbação da asma e menor uso de medicamentos de controle e em comparação ao grupo placebo.

Os efeitos positivos do magnésio no controle da asma também foram comprovados em adultos. Um estudo clínico de pesquisadores da Bastyr University, em Washington nos Estados Unidos, avaliou o efeito do tratamento a longo prazo (6,5 meses) com magnésio oral em 55 homens e mulheres com asma leve a moderada, com idades entre 21 e 55 anos. Os participantes receberam, além da medicação convencional para a asma, 340 mg de magnésio oral ou placebo. Como resultado, os indivíduos suplementados com magnésio apresentaram melhora significativa no controle da asma e na qualidade de vida.

Em conjunto, estes estudos comprovaram que o magnésio pode ser um importante aliado no controle da asma adulta e infantil. Vale notar que muitos suplementos de magnésio são mal absorvidos, principalmente na forma inorgânica, como o óxido ou cloreto de magnésio. Além disso, estes sais inorgânicos de magnésio podem causar efeitos colaterais gastrointestinais indesejáveis, como diarreia e dor abdominal. Portanto, o magnésio bisglicinato quelato da Albion é preferível, por não causar efeitos colaterais e apresentar maior absorção e biodisponibilidade.

Antes de começar a tomar suplementos de magnésio para asma, converse com o seu médico e peça orientação sobre a indicação e dose correta para esta finalidade.

Produzido por: Andrea Rodrigues Vasconcelos, PhD.

SOBRE A KILYOS

Expertise de mais de 20 anos no mercado brasileiro, atrelada à tecnologia e inovação da Balchem Corporation, Albion Minerals e NattoPharma, permitem a Kilyos levar o que há de mais moderno em insumos ao mercado farmacêutico, magistral e indústria de alimentos.

Leia essa e outras matérias em: https://www.kilyos.com.br/

Referências
World Allergy Organization (WAO). White Book on Allergy: Update 2013. Disponível em: < https://www.worldallergy.org/UserFiles/file/WhiteBook2-2013-v8.pdf >. Acesso em: 29 de junho de 2020.
WAO. White Book on Allergy 2011-2012: Executive Summary. Disponível em: < http://isir.ru/files/WAO_White_Book-Summary.pdf > Acesso em: 29 de junho de 2020.
Secretaria do Estado da Saúde. HMI alerta para doenças alérgicas durante Semana Mundial da Alergia. Disponível em: < https://www.saude.go.gov.br/noticias/11115-hmi-alerta-para-as-doencas-alergicas-durante-a-semana-mundial-da-alergia >. Acesso em: 29 de junho de 2020.
World Allergy Organization. World Allergy Week 2020. Disponível em: < https://www.worldallergy.org/resources/world-allergy/2020 >. Acesso em: 29 de junho de 2020.
Gontijo-Amaral C et al. (2007). Oral magnesium supplementation in asthmatic children: a double-blind randomized placebo-controlled trial. Eur J Clin Nutr., 61(1):54-60.
Kazaks AG et al (2010). Effect of oral magnesium supplementation on measures of airway resistance and subjective assessment of asthma control and quality of life in men and women with mild to moderate asthma: a randomized placebo controlled trial. J Asthma, 47(1):83-92.
Claus B et al. (2020). Allergic respiratory disease care in the COVID-19 era: a EUFOREA statement. World Allergy Organization Journal, 100124.




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