Fusões e aquisições no setor de alimentos e bebidas têm queda no semestre
O número de fusões e aquisições realizadas pelas empresas de alimentos e bebidas no primeiro semestre deste ano, sofreu uma leve queda em relação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2020, foram realizadas 19 operações contra 17 este ano, uma diminuição de 10%. Os dados são de uma pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG, rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory.
O relatório aponta que das 17 operações fechadas no primeiro semestre deste ano, 12 foram domésticas, ou seja, realizadas entre empresas brasileiras e quatro do tipo CB1 (estrangeiro adquirindo empresa do Brasil). Ainda de acordo com o material, os setores com maior quantidade de transações foram os seguintes: empresas de internet, tecnologia da informação e instituições Financeiras.
"No último ano, a indústria de alimentos e bebidas foi uma das poucas que se manteve em destaque em fusões e aquisições. O que é possível analisar nesse primeiro semestre é que, apesar de ter sofrido uma leva queda, o setor segue estável, mantendo o fluxo de recuperação. O destaque ficou novamente para as operações domésticas, o que indica o mercado interno aquecido", analisou Maurício Godinho, sócio-líder do setor de alimentos e bebidas da KPMG.
As empresas brasileiras realizaram 804 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechados 514 negócios. Trata-se do melhor semestre dos últimos 10 anos. "Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia. Com a retomada gradativa da economia observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui no Brasil para poder crescer. O primeiro semestre teve o melhor resultado da década", analisou Luís Motta, sócio da KPMG e coordenador da pesquisa.