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COP26: a indústria brasileira e a gestão enxuta

A conferência de Glasgow teve em sua abertura o discurso do Príncipe Charles, chamando o setor privado para ser protagonista na atuação climática e pedindo a união dos Estados para permitir um cenário favorável a atuação dos setores industriais com as medidas necessárias para uma economia renovável e sustentável. A conferência trata de desafios-chave tanto para os Governos quanto para as empresas, envolvendo a redução das emissões de carbono, a proteção das comunidades e habitats naturais, a mobilização das finanças e o trabalho conjunto.

A indústria brasileira responde à altura, mostrando comprometimento com os quatro tópicos do desafio. Representada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) em sua visão para a COP26, identifica oportunidades para adoção de processos mais eficientes, inovação tecnológica e desenvolvimento de novos produtos na busca de soluções com baixo carbono.

Diversas informações e cases estão disponíveis no site da Indústria Verde, divulgando números e ações que já estabelecemos como os compromissos com a Logística Reversa, além de casos de sucesso em quatro pilares estabelecidos pela CNI: transição energética, economia circular, mercado de carbono e conversão florestal.

No que tange aos processos e à tecnologia, vale a releitura do artigo publicado em outubro de 2020, que introduziu o nono desperdício (resíduos industriais) na prática do lean manufacturing (filosofia de gestão operacional e de processos que visa a redução de desperdícios), associando definitivamente a gestão enxuta com a sustentabilidade.

Assim, cabe sempre a reflexão em melhorias na geração, destinação e circularização das sobras e subprodutos da produção, bem como das embalagens pós-consumo, além dos oito tradicionais conhecidos na indústria: excesso de produção e recursos, defeitos, movimentação desnecessária, espera, transporte, estoque, processamento desnecessário, e não retenção de talentos.

A competitividade organizacional para uma empresa privada está diretamente ligada à sua capacidade de gerar valor para seus consumidores e para a sociedade a custos razoáveis. Assim, a reutilização dos refugos, sobras e embalagens danificadas na produção, bem como a recuperação e correta destinação dos resíduos pós-consumo, devem ser rentabilizadas, sempre que possível, a partir da Economia Circular e da Logística Reversa.

Logicamente, que essa preocupação deve começar com os processos produtivos, com projetos para eliminação ou diminuição na geração de resíduos, com soluções que envolvem desde a execução de um kaizen (projeto de melhoria numa linguagem livre) até a introdução de novas tecnologias nos processos, proporcionando maior controle e, consequentemente, maior eficiência fabril com mais produtividade e menos rejeitos.

A concepção dos produtos e processos, por sua vez, deve também estar atenta à sustentabilidade, proporcionando soluções com materiais retornáveis, biodegradáveis ou recicláveis, nesta ordem de preferência. Desde o projeto, deve ser contemplado o destino adequado e com o menor dispêndio de energia para reprocessamento daquilo que, eventualmente, não puder ser eliminado em termos de desperdícios em resíduos.

Nesse sentido, o nono desperdício deve contemplar soluções que envolvam não somente a análise superficial, mas o uso do método científico para trocar materiais por outros que sejam realmente mais benéficos para o meio ambiente e para a sociedade.

Essa abordagem, considerando os resíduos no lean de forma sistêmica, garante ações consistentes e alinhadas efetivamente com a produtividade, e reduz o risco de green washing (lavagem verde: termo associado a práticas oportunistas que podem prejudicar a imagem organizacional).

Os resíduos encarecem produtos e proporcionam insatisfação para os clientes com seus efeitos colaterais, como o acúmulo em lixões, rios e mares, que influenciam diretamente a mudança climática.

Os setores público e privado demonstram na COP26 suas preocupações e compromissos com o assunto, sendo que a indústria tem assumido uma postura proativa, construtiva e inovadora, até pela questão de competitividade interna e externa, sendo que o foco no nono desperdício é um caminho sólido para o sucesso genuíno dos compromissos estabelecidos.

Fonte: Food Connection




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