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Como são feitos os queijos azuis?

O primeiro queijo azul foi fabricado no Brasil há muitas décadas, no Sul de Minas, pelo pioneiro dinamarquês Lief Kay Godtfredsen, fundador do antigo Laticínios Skandia. Na década de 1970, devido a protestos do governo francês, preocupado em preservar a denominação “Roquefort”, esse queijo maturado por fungos esverdeados passou a se chamar, no Brasil, tipo Gorgonzola.

Esse nome é também indevido, já que se refere a um queijo feito com leite de vaca no Norte da Itália, cuja denominação de origem também é protegida por leis internacionais. Assim, convencionou-se, nos anos 1990, que dentro do âmbito do Mercosul, aqueles queijos que imitavam tanto o Roquefort como o Gorgonzola, seriam chamados de “Queijo Azul”.

Em 2007, foi criada a normativa nº 45, que estabelece o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Azul, no qual "entende-se por Queijo Azul o produto obtido da coagulação do leite por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementado ou não pela ação de bactérias lácticas específicas, e mediante um processo de fabricação que utiliza fungos específicos (Penicillium roqueforti), complementados ou não pela ação de fungos e/ou leveduras subsidiárias, encarregadas de conferir ao produto características típicas durante os processos de elaboração e maturação."

Esses queijos apresentam um abundante crescimento interno de mofo, os quais possuem forte ação proteolítica e lipolítica, desenvolvendo sabor e aroma pronunciados.

O fluxograma de produção dos queijos azuis segue as seguintes etapas:

Fabricação - Na fabricação, o tipo de mofo a ser utilizado é muito importante, pois há diversas variedades de P. roqueforti, com diferentes capacidades proteolíticas e lipolíticas. A utilização de culturas lácteas para ajudar na acidificação (desmineralização da coalhada e favorecimento do crescimento do mofo) e produção de gás (auxilia na abertura da massa) também é fundamental. Por fim, o teor de gordura do leite é outro ponto relevante, uma vez que ajuda diretamente na cremosidade e untuosidade do produto.


Fermentação - Nesta etapa, é importante que o queijo atinja pH 4,6 a 4,8 entre 18 a 24 horas de fermentação. Após esse processo, deve apresentar uma boa abertura de massa. A temperatura da câmara precisa ser controlada, 20°C a 24°C, para não ter excesso ou baixa atividade de fermentação. Caso a curva de pH seja muito lenta, haverá maior retenção de soro na massa, tornando-se um problema durante a maturação (dessoragem). Esse fato pode estar relacionado ao tipo e/ou quantidade do fermento lácteo utilizado.


Salga - Os queijos azuis apresentam alto teor de sal, variando entre 2,2% a 3,0%. A salga pode ser feita via salmoura e/ou salga a seco. As fábricas mais modernas estão buscando trabalhar com sistemas de circulação de salmoura, ajudando, assim, a reduzir o tempo de salga. Vale ressaltar que é importante ter um sistema de tratamento regular das salmouras, seja por meio de filtração por membranas ou diatomácea.


Tratamento com antifúngico na casca - O tratamento pode ser feito via imersão e/ou aspersão para evitar o crescimento de flora indesejável na casca do queijo, a qual é composta de outros tipos de mofos e leveduras considerados contaminantes. A dosagem utilizada precisa ser controlada para não extrapolar os limites da legislação vigente.


Furação - Como o P. roqueforti é um microrganismo aeróbico (precisa de oxigênio para se desenvolver), a etapa de furação tem um papel importante, pois permitirá a saída de gás carbônico do interior da massa, resultante da fermentação e renovação do oxigênio para o desenvolvimento do mofo. Recomenda-se 150 furos de cada lado do queijo.


Maturação - Os queijos devem ser maturados por, no mínimo, 35 dias. Nesse processo, é importante ter bom controle do ambiente das câmaras de maturação, assim como da temperatura (10°C a 12°C) e umidade (mínimo 90%). Após período de maturação, os queijos devem apresentar pH acima de 6,00.


Embalagem e comercialização - Normalmente, os queijos são embalados em peças inteiras ou fracionados em pedaços que variam de 130 a 180 gramas.


É interessante ressaltar que apesar do brasileiro não estar acostumado com esse tipo de queijo, o Brasil está em uma rampa de crescimento quanto ao consumo de queijo azul, uma vez que apresentam características sensoriais marcantes.

Fonte: Forlac




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