Colina pode reduzir efeitos negativos da covid-19 em recém-nascidos
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A colina é um nutriente essencial com importância fundamental para o desenvolvimento do cérebro do bebê e para a formação das células nervosas fetais. De acordo com um novo estudo publicado pelo Dr. Robert Freedman e colaboradores dos Departamentos de Psiquiatria e de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade do Colorado (Estados Unidos), o maior consumo de colina por gestantes pode atenuar o impacto negativo que infecções respiratórias virais, incluindo a COVID-19, podem ter sobre seus bebês.
Segundo este estudo publicado no Journal of Psychiatric Research, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos prevêem que a infecção materna por COVID-19 possa afetar o desenvolvimento do cérebro fetal, assim como ocorre após a infecção por outros coronavírus respiratórios comuns.
O mecanismo parece envolver os efeitos negativos da resposta inflamatória à infeção viral da gestante sobre o feto e a placenta. De fato, estudos anteriores apontaram a associação de infecções respiratórias comuns com o aumento de 60% a 120% do risco de desordens neurológicas no bebê, como transtorno do déficit de atenção, transtorno do espectro autista e esquizofrenia.
O novo estudo analisou especificamente se níveis mais altos de colina pré-natal poderiam ajudar a proteger o cérebro em desenvolvimento do feto, mesmo que a mãe contraia uma infecção respiratória viral no início da gravidez. Os níveis de colina plasmática foram medidos na 16a semana de gestação em 43 mães que contraíram vírus respiratórios comuns e 53 mães que não tiveram essas infecções virais. Quando os bebês atingiram os 3 meses de idade, as mães preencheram o Questionário de Comportamento Infantil (IBQ-R), que avalia o desenvolvimento do comportamento e a atenção dos bebês.
Os resultados do estudo indicaram que níveis mais altos de colina no pré-natal atenuam o impacto fetal de infecções por vírus respiratórios. Os bebês de mães que contraíram infecção viral e apresentaram níveis séricos gestacionais de colina mais altos (maior ou igual 7,5 mM, consistentes com as recomendações dietéticas americanas) apresentaram um maior desenvolvimento da sua capacidade de manter a atenção e de se relacionar com os pais (indicado por uma melhor pontuação no questionário IBQ-R), quando comparados com bebês cujas mães haviam contraído infecção viral mas tinham níveis mais baixos de colina.
O estudo ressalta que a menor pontuação IBQ-R em um ano de idade está associada a problemas de atenção e comportamento social na infância, incluindo a maior dificuldade de leitura aos quatro anos de idade e problemas de concentração e consciência em crianças até os sete anos de idade.
Foi visto ainda que os níveis de colina necessários para proteger o feto geralmente requerem a suplementação alimentar do nutriente. Dessa forma, o estudo destaca que os suplementos de colina, juntamente com outras vitaminas pré-natais, podem ajudar a proteger o cérebro fetal do possível impacto prejudicial da pandemia atual e diminuir o risco de as crianças futuramente desenvolverem doenças mentais.
"As pandemias anteriores resultaram em níveis significativamente aumentados de doenças mentais, incluindo esquizofrenia, transtorno do espectro do autismo e transtorno do déficit de atenção no bebê", disse a Dra. Camille Hoffman, uma das autoras do estudo. "No entanto, como os dados da COVID-19 não estarão disponíveis tão cedo, esperamos que os resultados do estudo forneçam informações valiosas para as futuras mães sobre a importância de tomar suplementos de colina diariamente durante a gravidez".
As fontes alimentares de colina são principalmente produtos de origem animal, como carne, aves, peixes, laticínios e ovos. Apesar de serem alimentos relativamente comuns, vale ressaltar que aproximadamente 90% a 95% das gestantes consomem menos colina do que o recomendado.
Além disso, a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES), um programa de estudos projetados para avaliar a saúde e o estado nutricional de adultos e crianças nos Estados Unidos, identificou que cerca de 90% das pessoas não consomem níveis suficientes de colina através da dieta. Esses fatos ressaltam a importância da suplementação deste nutriente essencial não só por gestantes, mas pela população como um todo.
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