Os alimentos congelados experimentaram um aumento contínuo na popularidade do consumidor durante a pandemia, graças a sua longa vida útil, preços atraentes e disposição dos fabricantes em inovar no setor. Essa tendência, que se mantém forte há mais de um ano, continua a crescer, de acordo com um relatório recente da Deloitte.
No relatório da empresa de pesquisa de mercado que citou uma pesquisa realizada em julho, a Deloitte descobriu que as vendas de alimentos congelados cresceram quase o dobro do ritmo dos alimentos frescos, até 21% em 2020. O crescimento nos volumes de vendas também acompanhou o crescimento dos preços. Oitenta e dois por cento dos consumidores perceberam que o aumento do custo dos alimentos frescos foi "mais do que o justificado". Ao mesmo tempo, esses consumidores tiveram a impressão de que os preços dos alimentos congelados não haviam subido em nada e estavam interessados em aumentar suas compras nessa categoria.
Além dos preços, a preocupação com a vida útil dos alimentos frescos tem levado mais compradores a testar alternativas congeladas. Na pesquisa, 45% dos entrevistados disseram que os alimentos frescos que compraram estão sendo desperdiçados com mais frequência agora do que no passado, pois a frequência das compras permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos.
Durante anos, os alimentos congelados foram prejudicados pela reputação de serem inferiores às opções frescas. No entanto, os últimos anos demonstraram uma mudança nessa percepção. De acordo com a pesquisa da Deloitte, 40% a 50% dos consumidores disseram que congelados são tão bons ou melhores do que frescos, com vegetais congelados e carne congelada sendo as duas principais categorias onde a maior porcentagem de pessoas expressou esse sentimento.
A impressão de que alimentos congelados são tão bons quanto frescos é particularmente prevalente entre os consumidores mais jovens, de acordo com a Deloitte, ecoando descobertas de outras pesquisas. No ano passado, o American Frozen Food Institute descobriu que os consumidores da Geração Z aumentaram substancialmente as compras de produtos congelados durante a pandemia.
O foco dos fabricantes na conveniência, saúde e opções de sabores cada vez mais variadas reformulou a categoria de alimentos congelados nos últimos anos, tomando medidas para melhorar suas ofertas visando rótulos de ingredientes e tamanhos de porções melhores para você.
Como resultado, os consumidores mais jovens descobriram, antes mesmo da pandemia, a facilidade de optar por uma solução congelada para se alimentar em meio a agendas agitadas. Então, a pandemia mudou totalmente o cenário. Ao invés de desaparecer em um corredor esquecido, os alimentos congelados mais uma vez ofereceram as qualidades que os consumidores buscavam. Com capacidade limitada de fazer compras e a necessidade repentina de preparar refeições em casa - uma novidade para muitos consumidores - os alimentos congelados se apresentaram como uma alternativa econômica e fácil de usar em comparação com as compras frescas.
Essa preferência demográfica por opções congeladas pode indicar que uma mudança de longo prazo está em andamento. Se os consumidores mais jovens continuarem a contar com alimentos congelados para complementar suas rotinas, à medida que esses consumidores crescem em tamanho e poder de compra, terão um impacto significativo no futuro dessa categoria.
Fonte: Ingredients Network
