A indústria 4.0 para PMEs, nome que se dá para a 4ª Revolução Industrial para as pequenas e médias empresas é uma realidade também para o ramo alimentício.
As linhas de produção integradas e monitoradas, por exemplo, fazem com que as empresas façam economia de energia e insumos, uma vez que proporcionam mais controle sobre os custos operacionais. Ao mesmo passo, os desperdícios são evitados.
O professor Cláudio Carvajal, coordenador acadêmico do curso de Gestão de TI do Centro Universitário FIAP, acredita que, sem dúvida, a tecnologia da informação e da comunicação são aliadas na melhoria da eficiência operacional das empresas. Tais recursos aumentam a produtividade e reduzem custos, melhorando a qualidade dos produtos e serviços. “Por meio da captura e análise de dados, é possível ter uma melhor compreensão do processo produtivo e das relações da empresa com o mercado. Além disso, através de soluções de Inteligência Artificial e análise de dados, é possível automatizar processos e, até mesmo, as tomadas de decisões operacionais”, explica.
Carvajal também comenta que a transformação digital que estamos vivendo permite que todas as indústrias possam criar soluções tecnológicas para melhorar os seus produtos, processos, métodos, estratégias de marketing etc.
O professor cita alguns exemplos de recursos tecnológicos que podem ser usados na indústria 4.0 para PMEs de alimentos e bebidas. São eles: soluções de IoT (sensores que capturam dados e enviam para soluções por meio de conexões wireless e podem ajudar a melhorar a eficiência da produção); sistemas ERP (software para planejamento dos recursos de uma empresa, que permite a integração dos dados de todas as áreas da organização); Google Drive ou Dropbox (soluções para armazenamento em nuvem); e Trello ou MS Project (software para gerenciamento de projetos).
Como principal tendência para o setor de alimentos e bebidas, Carvajal destaca o Open Innovation, ou seja, a criação de soluções desenvolvidas de forma colaborativa. Nas palavras do professor: “A indústria do setor alimentício pode trabalhar a inovação através de Open Innovation, que consiste na criação de soluções tecnológicas de forma colaborativa. Ou seja, trabalhar em parceria com colaboradores, fornecedores, parceiros, universidades, aceleradores e startups”.
Carvajal acredita que, dessa forma, o custo de desenvolvimento de novas tecnologias é muito menor. Também acha importante lembrar que as tecnologias devem estar sempre alinhadas com o modelo de negócios da empresa.
Inovar é importante e, caso não faça isso, precisa correr contra o tempo para não ser passado para trás.
Fonte: Food Connection