Na última década, os consumidores aumentaram os esforços para incorporar ingredientes mais saudáveis em sua dieta. Os óleos ômega-3 são ácidos graxos essenciais e a chave para regular o funcionamento de todas as células do organismo. Os ácidos graxos ômega-3 EPA e DHA, em particular, tradicionalmente obtidos de óleo de peixe, são amplamente usados em suplementos dietéticos, pois oferecem uma ampla gama de benefícios à saúde, incluindo cardiovascular, ocular e cerebral. O DHA é considerado um dos suplementos mais importantes para bebês e crianças pequenas, por exemplo, para auxiliar no desenvolvimento cognitivo.
Mais recentemente, tem havido um foco proeminente na incorporação de óleos ômega-3 como ingredientes em alimentos e bebidas funcionais, ao invés de comprimidos e cápsulas de suplementos dietéticos tradicionais. Os produtos fortificados com ômega-3 se tornaram uma forma popular dos consumidores atenderem as suas necessidades nutricionais.
Inicialmente, o principal foco de aplicação dos óleos ômega-3 era a nutrição infantil e pré-natal; no entanto, à medida que esses ingredientes se tornaram mais populares, a demanda por ômega-3 em alimentos e bebidas fortificados cresceu. De acordo com o Banco de Dados de Novos Produtos Globais da Mintel, em 2020, mais de 1.800 produtos alimentícios comerciais disponíveis no mercado foram fortificados com óleos ômega-3.
Atualmente, a fortificação com DHA é um dos principais alvos dos fabricantes de alimentos e bebidas. Em países orientais, como China, Japão e Coréia do Sul, os produtos fortificados com DHA têm sido a norma desde os anos de 1990, tendo entre os muitos produtos tradicionalmente fortificados com DHA, carne processada, snacks e produtos à base de iogurte.
Múltiplas preocupações sobre sabor, origem animal e sustentabilidade levaram a uma mudança dos óleos ômega-3 à base de óleo de peixe para um aumento no cultivo e extração de óleos ômega-3 à base de algas e, de acordo com especialistas do setor, espera-se que os óleos de algas sejam uma escolha popular em curso no crescimento do mercado de alimentos à base de plantas.
O ácido alfa-linolênico (ALA), que é encontrado em uma variedade de vegetais de folhas verdes, alguns tipos de nozes, óleo de canola, óleo de linhaça e suplementos de linhaça, é outro concorrente emergente nessa área, pois pode ser convertido em ácidos graxos ômega-3 no organismo. Não há muitos alimentos funcionais comerciais no mercado que são baseados em ALA, mas isso pode mudar, visto que o setor à base de vegetais deve crescer exponencialmente nos próximos anos.
Os óleos ômega-3 não são um ingrediente novo e sua popularidade tem aumentado e diminuído ao longo dos anos. No entanto, o crescimento futuro dessa categoria de ingredientes parece promissor no domínio dos alimentos funcionais.
Fonte: Nutritional Outlook
