Redução de tarifas nos EUA impacta exportação brasileira de café, carnes e frutas

Na última sexta-feira, 14 de novembro, o governo dos Estados Unidos anunciou uma redução nas tarifas de importação aplicadas a cerca de 200 produtos alimentícios. O Brasil está entre os países diretamente impactados pela medida, que viu as taxas aplicadas a produtos como café, carne, açaí e manga caírem de 50% para 40%.

Apesar da redução de 10 pontos percentuais ser um sinal positivo, o Ministério da Agricultura do Brasil esclareceu que a medida abrange apenas as chamadas "taxas de reciprocidade", impostas em abril pela administração Trump. Uma tarifa adicional de 40%, anunciada em julho especificamente para produtos brasileiros, continua em vigor. Para setores como o de café — matéria-prima essencial para extratos, aromas e bebidas prontas —, a expectativa era de uma redução mais agressiva, visando a tarifa zero.

A Casa Branca justificou a medida focando no consumidor final. O presidente Trump afirmou que "os preços do café estavam um pouco altos" e que a redução tarifária deve baixá-los "em muito pouco tempo".

A lista atualizada de produtos beneficiados inclui:

• Carnes: Carcaças e cortes de bovinos, frescos ou refrigerados;

• Frutas (Frescas): Mamão, kiwi, além de bagas e tamarindos;

• Frutas (Processadas/Congeladas): Mamão, polpa de coco e abacaxis, frequentemente utilizados na formulação de polpas, purês e preparados de frutas.

A redução tarifária já está em vigor para mercadorias importadas ou retiradas de armazéns desde a última quinta-feira (13). Embora a diplomacia brasileira continue buscando um "mapa do caminho" para futuras negociações, a administração dos EUA sinalizou que não prevê novos cortes de taxas no curto prazo.