Rastreabilidade evita consumo de BEBIDAS ADULTERADAS
Data de publicação: 07/10/2025
Compartilhar:
Os recentes casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol no País que resultaram em internações e mortes expõem o problema recorrente de falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas. Diante do cenário emergencial, o conceito da rastreabilidade na cadeia de suprimentos surge como uma solução de transparência e rápida identificação de cada elo da cadeia por onde passou um produto, desde o fabricante até o consumidor final.
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil é a responsável no País pelo padrão global de identificação de produtos reconhecido pelos sistemas de automação de mais de 150 países. É visível nas embalagens, que é o código de barras. Pode ser o código linear ou o QR Code padrão GS1. As marcas usam o código que reúne informações como lote, data de fabricação, certificados, dados do fabricante e outras, todas acessíveis ao consumidor por meio de leitura por telefone celular.
Setores como alimentos, bebidas e saúde já utilizam esses padrões no mundo todo, com resultados comprovados em segurança e confiança. No Brasil, ampliar essa prática é mais do que uma medida tecnológica, é uma questão de saúde pública.
Perdas
Além do risco à saúde e perdas irreparáveis à população, a adulteração de bebidas e outros produtos traz enormes perdas econômicas — somente em 2024, estima-se que o País deixou de arrecadar R$ 28 bilhões em impostos por conta do mercado paralelo.
Os números revelam a dimensão do problema. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), 36% do volume de destilados comercializados no País é adulterado – seja por falsificação de rótulos, manipulação indevida ou ausência de controle sanitário. Além dos riscos diretos à saúde da população, essa prática alimenta a informalidade, mina a confiança do consumidor e cria concorrência desleal entre empresas sérias e aquelas que atuam à margem da lei.
A situação é agravada pela dificuldade de fiscalização em um mercado tão pulverizado e pela circulação de produtos sem identificação confiável. Nesses casos, o consumidor muitas vezes não tem como verificar a procedência da bebida que chega ao seu copo.